Os concelhos do Litoral têm sete vezes mais verbas do PPR do que os do Interior e as Regiões Autónomas, avança o Jornal de Notícias.
Ao todo, estão aprovados mais de 17 milhões de euros no Plano de Recuperação e Resiliência.
Destes há mais de quatro milhões que são transversais a todo o país e não podem ser divididos geograficamente.
Sobram então mais de 13 milhões que são repartidos por concelhos, num claro benefício para o Litoral.
Lisboa está no topo da tabela dos concelhos que têm mais dinheiro do PPR, com mais de 2 milhões de euros.
No fundo da lista está o Corvo, nos Açores, com apenas 78 mil euros.
O Presidente da Câmara de Vila Nova do Corvo já disse que o mais provável é que o município venha a perder aquela verba, que se destinava a habitação.
Segundo explicou, a candidatura terá sido aprovada, mas foi considerada fora do prazo, embora o problema, de ordem burocrática, não tenha sido da responsabilidade da Câmara Municipal.
A edilidade vai agora recorrer, a fim de não perder aquela verba.
A discrepância neste acesso ao PRR não surpreende os autarcas das zonas de baixa densidade populacional, que classificam a centralização da execução do plano como um “pecado capital”.
O PRR, recorde-se, é um plano de investimentos que, pela sua dimensão e transversalidade, trará oportunidades de transformação para Portugal e para os portugueses, visando preparar o país para os desafios do futuro.
Os Açores candidataram-se a vários programas do PRR, em diversas áreas, com destaque para a habitação, modernização e transição digital.