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Peixe do meu quintal – A política do futebol

“Não tenho qualquer pretensão em ser treinador de bancada e certamente que um selecionador deverá saber o que faz. Este que tem a seleção portuguesa, sabe fazer sofrer os milhões de espetadores que até ao último minuto desesperam e trincam a bandeira que têm entre mãos.”

Com a primeira vitória da seleção portuguesa frente à Chéquia, passando pela Turquia e pela Geórgia e seguindo à próxima fase, podemos dizer nestes dias empolgantes, em que nada senão mesmo o futebol nacionalista faz com que a China exporte milhões de bandeiras de vários países concorrentes na prova.
O palpite (sem aposta) neste momento sobre um vencedor, será uma Espanha ou uma França. Destes dois sairá o campeão.
Na seleção lusa, continuamos a ter confusão tática, sem plano definido. As coisas vão acontecendo, graças à qualidade individual dos jogadores, o que também encontramos nas outras seleções. Precisamos ser mais rápidos e mais incisivos.
Com alguns dos melhores jogadores do mundo daquela modalidade, a seleção portuguesa tem de mostrar isso mesmo.
Não tenho qualquer pretensão em ser treinador de bancada e certamente que um selecionador deverá saber o que faz. Este que tem a seleção portuguesa, sabe fazer sofrer os milhões de espetadores que até ao último minuto desesperam e trincam a bandeira que têm entre mãos.
Pode esta seleção no fim ficar entre as três ou quatro primeiras, como podemos passar por aquela unha de sorte, como foi o caso daquele 10 de julho de 2016, na final com a anfitriã francesa e aquele golo solitário de Éder.
O aliciamento do público pelo futebol, é um dos fenómenos sociais mais estudados. Os milhões de espetadores que fazem parar literalmente o mundo, na hora dos jogos, é algo que ninguém pode ficar alheio. Uma verdadeira Olimpíada Grega, com todo o seu atletismo, resistência, qualidade, inteligência tática, etc.
Tudo isto é mostrado em enormes e belos estádios, fazendo lembrar os Coliseus romanos doutros tempos, mas com espetáculos bem diferentes.
As grandes cadeias televisivas esperam por estas alturas, para mostrar por todo o mundo o maior espetáculo que continua a deter recordes de audiências.
Segundo dados divulgados, a SporTV alcançou mais de 9 milhões de telespetadores nos primeiros dias, registando uma média diária de 4,6 milhões de espetadores, um número significativamente alto que demonstra a paixão pelo futebol. A tendência é aumentar significativamente estes números nos próximos dias da competição.
Ali.pay, Booking.com, Coca-Cola, Unilever, Vivo – apenas uma pequena parte das grandes empresas mundiais que optaram por estabelecer uma parceria com a UEFA para o EURO2024.
A principal competição de futebol de seleções da Europa atrai gigantes do mundo empresarial, aumentando significativamente as receitas da multimilionária UEFA.
Esses momentos oferecem uma oportunidade de ouro para as marcas aumentarem a sua visibilidade, interagirem com mercados de todo o mundo e tornarem-se nomes conhecidos. Prevê-se que o EURO2024 atraia uma audiência acumulada em direto de cerca de cinco mil milhões de pessoas, um nível de atratividade mundial que poucos megaeventos podem igualar.
E no meio de tudo isto, que é enorme, global, planetário, temos um menino oriundo de uma Ilha no meio do Atlântico, de humildes origens madeirenses, que chama a si os olhares do resto do mundo durante os próximos dias, mesmo se a sua idade é já avançada para o futebol, o que não interessa neste caso, porque ele é já um marco de todos os recordes humanos no mundo deste desporto-rei.
Um orgulho para a RA da Madeira.
Portugal deve muito a estas Insularidades…!

José Soares*

*[email protected]

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