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Temperatura nos Açores vai disparar esta semana com risco muito elevado de radiação ultra-violeta

A temperatura do ar e da água do mar vai subir esta semana nos Açores e poderá atingir os 26 graus na água e ultrapassar os 28 no ar, o que não é normal na Região.
“Prevê-se que a partir da próxima semana se verifique um aumento da temperatura da água do mar na região dos Açores, que poderá atingir valores superiores a 26ºC, em particular nas ilhas dos Grupos Ocidental [Corvo e Flores] e Central [Pico, Faial, São Jorge e Terceira]”, pode ler-se num comunicado do IPMA emitido na semana passada.
“A situação de anomalia positiva da temperatura da superfície do oceano, que se tem verificado nos últimos meses nesta região, resulta da posição e intensidade do Anticiclone dos Açores”, explica o IPMA no comunicado, dando como exemplo a anomalia que em junho “variou entre 0,8 e 1,6°C nos grupos Oriental [Santa Maria e S. Miguel] e Central e entre 1,6 e 2,4°C no Ocidental”.
O Anticiclone dos Açores deverá localizar-se a sudoeste do arquipélago, apresentando um vasto campo de ação, ao qual estarão associados ventos muito fracos à superfície.
Estas condições de vento fraco irão, por um lado, limitar a mistura de água nas camadas mais superficiais do oceano e, por outro, reduzir o transporte de poeiras do deserto do Sahara sobre a região subtropical do Atlântico, deixando a atmosfera mais limpa, permitindo que a radiação solar incidente sobre o oceano seja mais eficiente, refere o comunicado.

Temperatura acima
dos 28 graus

Devido à conjugação destes fatores, o IPMA prevê “um aquecimento anormalmente elevado da temperatura da água do mar no arquipélago dos Açores”.
Durante esta semana, acrescenta, prevêem-se também valores da temperatura do ar acima dos 28°C, com a ocorrência de noites tropicais (temperatura mínima superior a 20°C), juntamente com valores elevados da humidade relativa do ar.
O IPMA deverá assim, oportunamente, emitir avisos meteorológicos de tempo quente para o arquipélago dos Açores.
Carolina Medeiros, meteorologista da delegação açoriana do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), declarou á TSF

Mês de Junho foi quente
e muito seco em S. Miguel

No mês de junho de 2024, segundo o IPMA, a anomalia do campo médio da pressão atmosférica à superfície apresentava na região dos Açores valores positivos até 4 hPa.
O Anticiclone Subtropical do Atlântico Norte, estendia-se em cunha na direção do golfo da Biscaia e, contrariamente ao que seria esperado climatologicamente, esteve centrado a norte e não a sudoeste do arquipélago.
A anomalia do campo da temperatura média mensal do ar na região apresentava valores entre 0,8 e 1,6 °C, enquanto a anomalia do campo da precipitação média diária apresentava valores de -2 a 0 mm/dia.
Em toda a região dos Açores, junho foi um mês relativamente quente, e muito seco nas ilhas Terceira e S. Miguel.
A temperatura da água do mar à superfície apresentava no inicio do mês valor médios de cerca de 20 °C, aumentando para cerca de 21 a 22 °C no final do mês.

Até 5ª feira risco
muito elevado de UV

Todos os distritos de Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e Açores, estiveram ontem em risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV), segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Portugal continental e o arquipélago dos Açores vão estar pelo menos até quinta-feira em risco muito elevado de exposição à radiação UV.
Onze distritos de Portugal continental vão estar sob aviso laranja entre ontem e quarta-feira devido à previsão de tempo quente, indicou esta madrugada o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O aviso laranja (o segundo mais elevado) é emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera quando existe uma situação meteorológica de risco moderado a elevado.
A escala de radiação ultravioleta tem cinco níveis, entre risco extremo e baixo.
Para as regiões em risco extremo, o IPMA recomenda que se evite o mais possível a exposição ao sol.

Bater o recorde de 32 graus de 1985?

O IPMA tem registado nos seus valores de “extremos climatológicos em Portugal” 32,2 graus centígrados na Madalena, ilha do Pico, em 1985, como o mais alto na temperatura do ar.
Com o fenómeno que se verificará esta semana nos Açores, devido á posição do anticiclone, é bem provável que aquele valor possa ser ultrapassado.
Aliás, nalgumas zonas dos Açores verificam-se registos maiores, mas os oficializados pelo IPMA são os registos dos seus monitores localizados nas várias ilhas.

Avistamento de caravelas

Outra preocupação, com as águas do mar mais quentes, é o aparecimento de caravelas portuguesas.
O número de avistamentos de caravela-portuguesa (Physalia physalis) comunicados ao GelAvista tem vindo a aumentar ao longo desta última semana, quer nos Açores, quer no continente, onde se verificam ocorrências desde Espinho a Sines.
Sendo a espécie gelatinosa mais perigosa que ocorre no país, importa ter presente os cuidados a adotar em caso de contacto acidental com uma caravela-portuguesa:
Lave a zona afetada cuidadosamente com água do mar sem esfregar;
Remova possíveis vestígios da pele com uma pinça;
Aplique compressas quentes (40º C) durante 20 minutos ou vinagre sem diluir;
Procure sempre um profissional de saúde.
Se detetar uma caravela-portuguesa no areal ou no mar, não lhe toque e informe as pessoas que se encontram nas imediações. Localizadas nos tentáculos, as suas células urticantes são capazes de causar queimaduras severas, mesmo após a morte do animal. O projeto de ciência cidadã GelAvista realiza, desde 2016, a monitorização de organismos gelatinosos em águas portuguesas

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