O PAN/Açores remeteu, ontem, uma denúncia aos órgãos de polícia criminal devido à morte de mais um touro durante a realização de uma tourada à corda na freguesia da Agualva, concelho da Praia da Vitória, no passado dia 18 de Agosto.
De acordo com uma nota enviada à redacção, o partido teve acesso a imagens videográficas que “comprovam o sofrimento do animal, que cai inerte no chão, visivelmente desidratado e fatigado, não só, mas também em virtude das elevadas temperaturas que se faziam sentir e, que, aliás, têm assolado o arquipélago de forma generalizada nas últimas semanas.”, explicando ainda que estes animais “permanecem nas jaulas durante largas horas, muitas vezes expostos ao sol e calor, sem acesso a água ou alimento. Estas condições, entre si combinadas, apenas potenciam o sofrimento animal, torturando-os.”
Visto que “o objectivo do Partido é acabar com estas práticas anacrónicas, conforme iniciativa legislativa apresentada na legislatura passada que foi chumbada pela maioria parlamentar ”, o PAN apelou a que seja suspensa imediatamente estas práticas, dado ao “o impacto negativo na saúde humana, visível nas inúmeras lesões e, inclusive, mortes registadas só este ano, sem prejuízo da salvaguarda do bem-estar dos touros, expostos à tortura em plena praça pública e cuja morte continua a passar incólume”, lê-se na nota.
O partido recorda também que este acontecimento, não é um acto isolado, pois a “17 de Agosto de 2023, uma corrida realizada também na freguesia da Agualva, culminou na morte de quatro touros, na sequência das lesões causadas durante a realização da respectiva tourada à corda”, tendo a situação sido denunciada pelo PAN junto dos órgãos de polícia criminal.
O deputado e Porta-voz regional do Partido, Pedro Neves, afirmou que “a tauromaquia constitui uma prática que perpetua a crueldade e o espectáculo da dor e deve ser reavaliada à luz dos princípios éticos e da compaixão pela causa animal, que grande parte da sociedade açoriana preconiza. A morte deste touro é um trágico lembrete da violência inerente a estas festividades, que ignoram o sofrimento das pessoas e animais envolvidos. Quando vamos parar este ciclo de violência?”, concluiu.