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16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência Contra as Mulheres A Importância da Educação Afetivo-Sexual

A Educação Afetivo-Sexual (EAS) na Escola tem sido um tema cada vez mais discutido. Contudo, ainda persistem dúvidas sobre os conteúdos que esta área engloba. Esta trata de questões relacionadas com a sexualidade, emoções e afetos, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento de crianças e adolescentes, bem como na promoção de relações saudáveis.

Evidências Científicas e Educação Sexual
Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstra que a implementação de programas de EASna Escola reduz comportamentos de risco entre adolescentes, como o início precoce da atividade sexual e o não uso de métodos contracetivos. Da mesma forma, uma revisão de 48 estudos conduzida pela UNESCO em 2018 concluiu que a EAS na Escola promoveu o uso do preservativo e de outros métodos contracetivos, além de adiar o início da vida sexual para muitas pessoas que estão na adolescência. Estes estudos contradizem o mito comum de que a EAS incentiva a precocidade da atividade sexual.
Desta forma, os vários estudos científicos realizados mostram que a informação apropriada e adaptada à idade, capacita a tomar decisões mais conscientes e informadas no que respeita à sexualidade.

Prevenção e Proteção
A EAS é uma ferramenta eficaz para a prevenção de vários problemas de saúde pública. Estudos realizados pela “Sex Education Forum” no Reino Unido evidenciam que jovens que receberam EAS na Escola estão melhor preparados/as para identificar comportamentos abusivos e reconhecer os seus direitos, o que os/as torna mais capazes de se protegerem contra o abuso sexual.

Respeito pela Diversidade e Combate ao Preconceito
Outro ponto fundamental é o papel da EAS na promoção do respeito pela diversidade. Estudos científicos sugerem que quando as pessoas são educadas desde cedo sobre questões relacionadas com o género, identidade e orientação sexual, tendem a demonstrar maior aceitação e empatia para com as diferenças. Em Portugal, o relatório “Educação Sexual nas Escolas” (2015), elaborado pelo Instituto de Apoio à Criança, sublinha a importância de educar para o respeito pela diversidade de orientações e expressões de género, de forma a prevenir a discriminação e o bullying. O bullying homofóbico, transfóbico e outros tipos de violência relacionados com a sexualidade são problemas recorrentes nas escolas. A EAS, ao promover o respeito e a compreensão das várias formas de viver a sexualidade, ajuda a criar um ambiente escolar mais inclusivo e seguro para a população estudante, independentemente da sua identidade ou orientação.

Conclusão
Em suma, os diversos estudos científicos comprovam que a EAS, quando bem ministrada, melhora o conhecimento sobre o que é a sexualidade, reduzindo comportamentos de risco e prevenindo gravidezes indesejadas, Infeções Sexualmente Transmissíveis e abusos sexuais. Além disso, a EAS na Escola vai além da prevenção, promovendo o desenvolvimento de uma cidadania plena e consciente. Ao capacitar crianças e adolescentes com conhecimentos sobre os seus corpos, sentimentos e relações, a EAS contribui para a formação de pessoas mais informadas, respeitosas e responsáveis, promovendo também o respeito pela diversidade e ambientes escolares mais inclusivos. Por fim, queremos deixar a nota que a APF-Açores dinamiza sessões sobre EAS nas Escolas há mais de uma década.

Carina Magina*

*Técnica APF-Açores

Campanha 16 Dias pelo Fim da Violência contra as Mulheres 2024

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