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Bispo de Angra termina visita a S. Jorge“com alma cheia”

Terminou a visita pastoral do Bispo de Angra à ilha de S. Jorge, que decorreu entre os dias 6 e 15 de Dezembro, revelando-se “uma experiência profundamente enriquecedora na vivência e celebração da fé cristã que une todo o Povo de Deus”.
Esta é a primeira conclusão do Conselho Pastoral de Ouvidoria de São Jorge que aprovou um compromisso pastoral para os próximos anos, no final da visita pastoral do bispo de Angra, que terminou na Ermida de Santo António.
“Foi uma oportunidade singular para vivenciar e aprofundar a vivência comunitária da fé e discernir sobre o futuro desta Igreja particular, ouvir as suas necessidades, os desafios e as esperanças, bem como fortalecer os laços de comunhão e missão cristã”, refere o comunicado enviado ao Sítio Igreja Açores.
“Com base nos encontros e diálogos realizados, reafirmamos o nosso compromisso em continuar a caminhada conjunta, promovendo ações concretas que respondam às prioridades pastorais e sociais identificadas durante a visita” salienta ainda o comunicado.
“Este momento marca não apenas uma etapa significativa de proximidade e escuta, mas também o início de uma nova fase de colaboração efetiva, sustentada pela escuta e pela oração”, refere ainda o comunicado discutido e refletido ponto a ponto.
O Conselho Pastoral de Ouvidoria, coordenado por um leigo, que reuniu depois da Oração de Vésperas na ermida de Santo António, refere “uma genuína vontade de corresponsabilidade no discernimento, na decisão e na ação, tendo por base uma verdadeira comunhão, uma empenhada participação e uma convicta disponibilidade para a missão, de todos em conjunto, no respeito pela pluralidade de opiniões e na diversidade dos carismas, reconhecendo a importância do ministério ordenado e do ministério laical como necessários para a vida da Igreja”.
Neste contexto sacerdotes e leigos comprometem-se a continuar a “estudar” o futuro das Unidades Pastorais, um novo modelo de organização geográfico que a ouvidoria quer implementar através da criação de cinco unidades, duas delas já naturalmente criadas nos Nortes e no Topo.
“Adotar unidades pastorais não significa abolir a identidade das paróquias, mas ampliá-las, incentivando um trabalho conjunto que respeite a diversidade e valorize os dons de cada comunidade”, esclarece ainda o comunicado.
“Importa, agora, estudar com as outras futuras Unidades Pastorais as etapas a percorrer até à sua constituição”.
Além da reorganização geográfica, no final desta visita pastoral, os conselheiros defendem o desenvolvimento e atualização de serviços que respondam às exigências do mundo atual seja no âmbito da caridade, com a implementação da Cáritas em todas as futuras unidades pastorais seja na promoção da Mobilidade Humana, com a presidência dos leigos e assistência de sacerdotes: “foi um trabalho já iniciado ao nível da ouvidoria e que se deseja continuar”.
“É fundamental que os migrantes se sintam parte da vida eclesial. Isso pode incluir celebrações litúrgicas em diferentes línguas, grupos de oração e inclusão em serviços pastorais. A integração espiritual fortalece o sentimento de pertença e proporciona suporte para enfrentar os desafios da mobilidade”, sublinha o comunicado.
É ainda manifestada a vontade de “continuar a apostar e a desenvolver a formação no âmbito da Escola de Formação de Ouvidoria para os Ministérios Laicais e Diaconado Permanente” bem como a consolidação dos órgãos de comunhão, como sejam os Conselhos para os Assuntos Económicos criados ou renovados em todas as paróquias da ouvidoria e dos Conselhos Pastorais das Unidades Pastorais.
“Termino com a alma cheia; foram 10 dias plenos com muitas oportunidades” refere D. Armando Esteves Domingues que insere esta dinâmica de visita pastoral no âmbito do laboratório da sinodalidade, um dos três laboratórios definidos no Itinerário Pastoral Diocesano do biénio 2023-2025.
“É preciso conhecer e ir ao encontro das pessoas para descobrir quais são as principais carências e necessidades de reforma na vida da Igreja e adaptações que são precisas”, afirmou em declarações aos jornalistas o bispo de Angra.
O bispo de Angra salienta ainda a “hospitalidade” dos jorgenses que agradece e refere como modelo para a Igreja açoriana: “se não der este testemunho de fraternidade, familiaridade e disponibilidade, a Igreja não cumpre o seu papel”.
“Fomos visitados pelo Senhor Bispo que nos reconfirma na fé e nos ajuda a perspetivar novos caminhos para a ouvidoria de São Jorge” afirma , por seu lado, o ouvidor Padre Dinis Silveira.Durante a visita pastoral o bispo de Angra encontrou-se com uma dúzia de instituições da sociedade civil ligadas ao poder local e associativo, várias Irmandades do Divino Espírito Santo, agentes económicos e culturais e visitou todas as 13 paróquias da ilha e os curatos, passando em todas as ermidas e igrejas. A visita pastoral terminou mesmo na inauguração da obra de melhoramento da ermida de Santo António, uma ermida particular que é gerida pela Igreja, com celebrações semanais ao sábado, conclui o sitio Igreja Açores.

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