Há dias, alguém fez esta pergunta, que é essencial na vida de cada um de nós: saber o motivo da nossa existência.
Talvez uma das melhores respostas que conheço se encontre no ponto número um do Catecismo da Igreja Católica, que poderíamos comentar assim:
Deus, infinitamente perfeito e bem-aventurado em Si mesmo, num ato de pura bondade, criou livremente o ser humano com o objetivo de o tornar participante da Sua vida bem-aventurada. Essa criação é uma expressão do amor de Deus por cada um de nós.
No meio da dispersão causada pelo pecado, Deus convoca todos os homens para a unidade na sua família, que é a Igreja. Para realizar este grandioso plano de salvação, Ele enviou o Seu Filho, Jesus Cristo, como Redentor e Salvador, na plenitude dos tempos. Através de Jesus, a ligação entre Deus e a humanidade foi restabelecida, proporcionando um caminho claro e seguro para alcançarmos a vida eterna.
Em Jesus Cristo, Deus chama todos os homens a tornarem-se seus filhos adotivos, uma transformação espiritual que é realizada pelo Espírito Santo. Esta adoção, que não é meramente simbólica, confere aos cristãos a condição de herdeiros da vida bem-aventurada prometida por Deus.
Portanto, a criação é o começo de uma história de proximidade e de amor, na qual Deus, na Sua infinita perfeição e bem-aventurança, convida cada um de nós a partilhar a Sua própria vida.
Este chamamento à unidade, à santidade e à filiação divina é a essência da fé cristã, que encontra na Igreja o seu pleno desenvolvimento e na vida de cada cristão a sua expressão concreta.
Este é o propósito supremo da criação, no qual a bondade divina se manifesta plenamente, oferecendo a todos a possibilidade de uma vida bem-aventurada em comunhão com Deus já aqui e depois em plenitude no céu.
Depois de ler com calma este ponto do Catecismo, dá vontade de continuar a ler o livro até ao fim.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria