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Mais um caso com um deputado do Chega dos Açores e Miguel Arruda regressou à Assembleia

Três deputados do Chega envolveram-se em problemas com a Justiça ao longo das últimas duas semanas.
O primeiro caso envolveu o deputado Miguel Arruda, suspeito de furto qualificado, o segundo o deputado regional José Paulo Sousa, apanhado a conduzir sob efeito do álcool, e o terceiro – e mais grave – envolveu o deputado municipal Nuno Pardal, acusado de prostituição de menores.
O segundo caso foi tornado público ontem e envolve um deputado do Chega Açores.
José Paulo Sousa foi apanhado numa operação STOP a conduzir com 2,25 g/l de álcool no sangue, na madrugada de domingo, dia 2 de fevereiro, na ilha das Flores, uma situação que configura crime.
Nas redes sociais, o deputado manifestou “arrependimento pelo erro grave” e acrescentou que tudo aconteceu depois de uma “noite de convívio com amigos e conhecidos”.
Disse ainda aceitar “as consequências” dos seus atos e garantiu que foi “o mais cooperativo possível” com as autoridades, a quem agradeceu.
O deputado açoriano disse que não vai prestar mais declarações sobre o assunto.
“Simplesmente não deveria ter acontecido e assumo que não deveria ter acontecido. Assumo toda a responsabilidade dos meus atos, posto isso, não há qualquer declaração que justifique”, reiterou.
Também ontem, o Expresso noticiou que o deputado do Chega à Assembleia Municipal de Lisboa Nuno Pardal foi acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores.
De acordo com o semanário, o deputado do Chega, de 51 anos, praticou “sexo oral ‘mútuo’” com um rapaz de 15 anos, a troco de 20 euros.
Nuno Pardal e o jovem conheceram-se no Grindr, uma aplicação usada para convívio entre homossexuais, passando depois a comunicar via Whatsapp. No dia 11 de julho de 2023, após um encontro junto a uma estação de comboios, os dois seguiram no carro do homem em direção a um pinhal. Durante o trajeto, o conselheiro nacional do Chega perguntou ao rapaz que idade tinha e este respondeu 15, segundo a acusação.
O caso foi denunciado à Polícia Judiciária pelos pais do menor depois de terem tido acesso às mensagens do WhatsApp no telemóvel do filho.
Ao Expresso, Nuno Pardal não negou o encontro com o adolescente, mas disse desconhecer que era menor de idade. “Irei serenamente preceder à minha defesa, lamentando profundamente a situação desagradável para todas as partes”, afirmou.

Miguel Arruda regressou

O deputado não inscrito Miguel Arruda (ex-Chega), suspeito de furtar malas no aeroporto de Lisboa, regressou ontem à Assembleia da República, depois de ter estado ausente durante uma semana.
Miguel Arruda, eleito nas listas do Chega nas últimas legislativas, tinha participado pela última vez numa sessão plenária em 24 de janeiro, precisamente no dia em que o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, tinha anunciado passaria a deputado não inscrito.
Nessa sessão, o deputado tinha-se sentado na última fila do hemiciclo, ao lado da bancada do Chega, o que levou o líder parlamentar do partido, Pedro Pinto, a protestar, avisando que não se responsabilizaria pelo que se poderia passar durante o plenário.
A conferência de líderes determinou posteriormente que o lugar de Miguel Arruda continuaria a ser o mesmo: na última fila do hemiciclo, no alinhamento da bancada do Chega. Foi nesse lugar que Miguel Arruda se sentou hoje.
Questionado, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República se podia garantir que a bancada do Chega ia receber hoje Miguel Arruda com dignidade, o líder do partido, André Ventura, respondeu que iria “respeitar as decisões democráticas”, tomadas em conferência de líderes”.
“Mesmo discordando delas, temos a nossa capacidade de as respeitar. E é isso, certamente, que faremos”, afirmou.
Já interrogada se pretendia responder pela ação dos seus deputados caso houvesse algum incidente no plenário, ao contrário do líder parlamentar, Ventura respondeu que é líder do Chega desde 2019.
“Nunca, em momento algum, os portugueses me viram fugir à minha responsabilidade enquanto presidente do partido”, disse.
Em 21 de janeiro, Miguel Arruda foi constituído arguido por suspeita do furto de malas no aeroporto de Lisboa, e nesse mesmo dia a PSP realizou buscas nas casas do deputado em São Miguel e em Lisboa.
Em causa estão suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade. Miguel Arruda terá furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas do aeroporto de Lisboa quando viajava vindo dos Açores no início das semanas de trabalhos parlamentares.
Dois dias depois, Miguel Arruda reuniu-se com o líder do Chega, André Ventura, e anunciou que ia desfiliar-se do partido e passaria a deputado não inscrito.

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