No conjunto do ano de 2024, os proveitos aumentaram em todas as regiões, tendo os crescimentos mais expressivos ocorrido nas Regiões Autónomas dos Açores (+20,2% nos proveitos totais e +22,0% nos de aposento) e da Madeira (+15,3% e +16,3%, pela mesma ordem), revelou o INE.
Os valores anuais de RevPAR (. Rendimento médio por quarto disponível) mais elevados foram registados na Grande Lisboa (106,7 euros) e na RA Madeira (83,1 euros), enquanto o ADR (rendimento médio por quarto ocupado) atingiu valores mais altos na Grande Lisboa (150,4 euros) e no Algarve (126,9 euros).
Os maiores crescimentos registaram-se nas Regiões Autónomas da Madeira (+13,3% em ambos os indicadores) e dos Açores (+13,3% no RevPAR e +10,7% no ADR).
Ponta Delgada entre os maiores municípios
O município de Lisboa concentrou 23,9% do total de dormidas, atingindo 993,9 mil (+2,6%, após +4,4% em Novembro).
As dormidas de residentes diminuíram 0,9% e as de não residentes cresceram 3,4%, tendo este município concentrado 31,0% do total de dormidas de não residentes em Dezembro.
O Funchal foi o segundo município com maior número de dormidas (429,9 mil dormidas, peso de 10,3%) e registou um crescimento de 4,6% (+2,2% em Novembro), principalmente, devido ao contributo dos residentes (+22,6%; não residentes: +1,3%)
Este município concentrou 13,6% do total de dormidas de não residentes em Dezembro.
No Porto, as dormidas totalizaram 369,5 mil (8,9% do total), tendo-se observado um crescimento de 4,9% (+16,6% em Novembro).
As dormidas de residentes registaram um aumento de 2,5% e as de não residentes aumentaram 5,7%. Albufeira (190,9 mil dormidas, peso de 4,6%) decresceu pelo 3º mês consecutivo (-8,1%, após -5,2% em novembro e -2,2% em Outubro), com penalizações dos residentes (-6,9%) e dos não residentes (-8,4%).
Em todos os 10 municípios com maior número de dormidas em dezembro, as dormidas de não residentes superaram as dos residentes.
Entre os 10 principais municípios, destacaram-se ainda Vila Nova de Gaia (1,7% do total) e Ponta Delgada (1,3% do total), com crescimentos de 13,3% e 12,0%, respetivamente, devido ao contributo dos não residentes (+27,7% e +33,1%, respetivamente). Em 2024, os 10 municípios com maior número de dormidas concentraram 60,0% do total das dormidas.
Neste conjunto de municípios, concentraram-se 35,0% das dormidas de residentes e 70,6% das dormidas de não residentes.
O município de Lisboa concentrou 19,6% do total de dormidas, atingindo 15,7 milhões (+3,6%).
As dormidas de residentes diminuíram 0,8% e as de não residentes cresceram 4,4%. Este município concentrou 23,9% do total de dormidas de não residentes em 2024 (24,0% em 2023).
Ponta Delgada cresceu
1,9% em 2024
Albufeira manteve-se como segundo município com maior número de dormidas (7,7 milhões de dormidas, peso de 9,6%), apesar de ter registado um decréscimo de 0,7% e de se ter mantido abaixo dos valores pré-pandemia (-9,5% face a 2019).
Seguiu-se o Funchal (6,3 milhões de dormidas, peso de 7,8%), que registou um crescimento de 2,4% devido ao contributo dos não residentes (+4,1%), dado que os residentes recuaram 7,3%.
No Porto, as dormidas também totalizaram 6,3 milhões de dormidas (peso de 7,8%), tendo-se observado um crescimento de 6,9%.
Entre os 10 principais municípios em 2024, destacaram-se ainda Ponta Delgada (1,9% do total) e Portimão (3,4% do total), com crescimentos de 8,8% e 7,6%, respetivamente.
Menor dependência
do mercado externo
Em 2024, a Grande Lisboa foi a região NUTS II onde se registou uma menor dependência, quer do principal mercado externo (16,1% do total das dormidas de não residentes) quer do conjunto dos 3 principais mercados externos (32,8%).
Seguiram-se a RA Açores (17,4%), o Alentejo (17,7%) e o Norte (17,9%) como regiões de menor dependência do principal mercado externo.
Por sua vez, a Península de Setúbal foi a segunda região com menor dependência do conjunto dos três principais mercados externos (37,7%).
Em sentido contrário, o Algarve foi a região mais dependente do principal mercado externo, que representou 36,6% das dormidas de não residentes registadas na região. Seguiram-se o Centro (25,3%), a RA Madeira (24,2%) e o Oeste e Vale do Tejo (24,1%).
O Algarve e a RA Madeira foram as regiões mais dependentes do conjunto dos 3 principais mercados externos (58,8% do total das dormidas de não residentes), seguida do Algarve (56,1%), conclui o INE no estudo sobre os números relativos a Dezembro 2023 e total de 2024.