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Norberto e Pedro Baptista abriram segunda loja Molaflex em Ponta Delgada

“Temos que encontrar o negócio certo e adequado ao momento da economia, às circunstâncias do mercado e ao momento que estamos a viver”, dizem os empresários Norberto e Pedro Baptista, que abriram uma segunda loja em Ponta Delgada.”

Com uma vida ligada à venda de colchões, o empresário Norberto Baptista abriu a segunda loja da Molaflex em Ponta Delgada. Há quatro anos que conta com a companhia do filho, Pedro Baptista, na gestão dos dois espaços. Ambos explicam como chegaram a esta área de negócio, como foi abrir uma empresa em tempo de pandemia e afirmam que este “é um mercado muito competitivo e conseguimos ver isso pelo investimento que é feito pelas grandes marcas em publicidade”.
Em entrevista, Norberto Baptista explica-nos que está ligado aos colchões desde os 15 anos de idade. “Trabalhei numa empresa, chamada Azevedo e Companhia, que era a representante da Molaflex para Ponta Delgada durante 50 anos. Infelizmente, esta empresa encerrou e foi-me dada a oportunidade de continuar a trabalhar com a marca Molaflex. Criamos um pequeno espaço para começo, na zona das Laranjeiras com cerca de 50 m2”.
Para avançar na empresa pai e filho juntaram-se. “O meu filho como estava ligado à área comercial e, estando a trabalhar em grandes empresas multinacionais, juntou-se a mim. O negócio para poder crescer teria que ser com a presença dele e, assim, procuramos um espaço maior, com 300 m2, onde Molaflex teve o seu espaço dentro da loja e avançamos para mobiliário de decoração, com sofás e mesas de marcas nacionais e internacionais. Esta parte foi toda desenvolvida por ele”.
Contudo, adianta ainda o empresário, “havendo a necessidade para mais espaço para os móveis, surgiu esta oportunidade de encontrar esta nova loja e a Molaflex que está criando este novo conceito de loja modelo para todo o país, o que criou uma ocasião e nós aproveitamos. Foi como se costuma dizer ouro sobre azul. E cá estamos na esperança que o negócio prossiga”.
Quando questionado sobre quais são as características de um bom colchão da Molaflex, garante o empresário que “todos os colchões são bons. Desde aquele que tem o preço mais económico ao que tem o preço mais alto. Mas também depende das características físicas de cada pessoa e da necessidade que a pessoa tem, tanto económica, como em termos de saúde”.
Sublinha que este “é um mercado muito competitivo e conseguimos ver isso pelo investimento que é feito pelas grandes marcas em publicidade. Temos cá nos Açores todas as grandes marcas nacionais, e todas têm representação cá, em Ponta Delgada, seja online, seja em espaços físicos”.
Recordando que a primeira loja foi aberta durante a pandemia, Pedro Baptista explica como tudo foi feito. “Nós montamos a loja em plena pandemia. Abrimos em Julho de 2021 numa altura que as pessoas tinham algumas poupanças e não tinham viajado muito. Não tinham gasto dinheiro em férias e ao mesmo tempo sentiam a necessidade de melhorar o conforto que tinham em casa. Nós até abrimos um pouco mais de tarde do que as primeiras grandes vendas do mobiliário foram feitas, uma vez que ocorreram logo no inicio da pandemia.
Depois das primeiras semanas de confinamento, houve muitos clientes a procurar trocar de sofás, colchões e a trocar os móveis que tinham em casa, para melhorar o conforto que tinham. Nessa altura nós não tínhamos a loja aberta, nem tínhamos, ainda, todos os produtos que temos hoje. A Pandemia contribuiu bastante para o crescimento do negócio de mobiliário”.
Depois, recorda ainda, que a subida de juros foi transversal a toda a gente, e foi nessa altura que “houve uma perda de poder de compra e alguma contenção, que ainda se sente até agora. Agora os juros já começaram a baixar e as pessoas já retomam as compras para casa, mas este efeito da pandemia veio contribuir para o crescimento do negócio de mobílias e colchões”.
Questionado Pedro Baptista se é importante que as micro, pequenas e médias empresas se adaptem a esse novo sistema de compras, não tem dúvidas em afirmar: “Trabalhei mais na área comercial do que propriamente em marketing, mas em todas as marcas onde trabalhei verifiquei que tinham uma componente muito importante de marketing. Acho que as redes sociais e a divulgação das marcas são proporcionais ao que é o desempenho da empresa no dia-a-dia. Se as empresas se modernizarem, se tiverem um portfólio adequado ao que os clientes procuram também têm a noção de que é preciso investir nesses canais todos de promoção”.
Assume o nosso interlocutor que “o problema das empresas fecharem não é porque tenham os meios, mas sim porque não investem nos meios adequados, mas sim porque em algum ponto da sua vida não se adequaram ao mercado e às necessidades dos consumidores actuais”.
O dia-a-dia de trabalho em conjunto não é difícil. Norberto Baptista admite que por vezes temos opiniões diferentes, mas nada que não se consiga ultrapassar”.
Pedro Baptista realça que “existe diferenças de experiências e de forma de ver o negócio. Tentamos encontrar um equilíbrio para que as decisões que são tomadas sejam as melhores para a empresa e para o crescimento da mesma”.
Muitas empresas têm-se queixado de falta de mão-de-obra qualificada. Pedro Baptista lembra que “ainda somos uma microempresa. Temos, neste momento, quatro funcionários e contratamos alguns serviços. Portanto trabalhamos em outsourcing com alguns serviços. Até o momento temos encontrado as pessoas certas, mas se crescermos mais e tivermos a necessidade de contratar mais pessoas tenho a noção que vá ser difícil”.
Quanto ao facto de ser difícil ser-se empreendedor nos Açores, Pedro Baptista assume que tudo tem a ver “mais uma vez com encontrar-se o negócio certo e adequado ao momento da economia, às circunstâncias do mercado e ao momento que estamos a viver. Vai depender muito mais da forma do que se vende e como estamos organizados do que propriamente do sítio onde estamos inseridos, porque se houver um mercado mais competitivo há também mais concorrência. Em mercados menos competitivos poderá haver mais oportunidades, mas também há menos clientes.
Acho que tem mais a ver com o negócio do que com o ambiente onde se está”.
Neste momento têm duas lojas sempre ligadas à casa. Alguma vez pensaram em trabalhar noutro sector, questionámos. Pedro Baptista diz que “só trabalho nesta empresa há quatro anos. Antes trabalhei sempre em distribuição alimentar, em empresas nacionais. E sempre gostei muito do que fiz antes, que era desenvolver marcas precisamente na área comercial.
Aqui, basicamente, estou a desenvolver outras marcas, em uma área diferente, mas que continuo a fazer o que faço só que desta vez o projecto também é meu, e o desafio é maior e mais motivante”.
E se tivesse que escolher entre ter o seu projecto ou ter de trabalhar para outrem, Pedro Baptista garante que “o momento é que define esta resposta. Poderão haver momentos em que os negócios são mais difíceis ou o negócio não corre da melhor forma. E é fácil ser empresário quando as coisas correm bem, quando as coisas correm mal, é mais difícil. Portanto, é fácil dizer que é bom ser empresário quando as coisas correm bem. Depende do momento”.
Os açorianos são muito exigentes no que toca aos seus colchões, admite Norberto Baptista. “Os nossos clientes procuram sempre muita qualidade e conforto. A Molaflex tem sempre várias opções, para todos os gostos. É uma marca que é líder em Portugal. Neste momento a produção anda à volta dos 650 mil colchões por ano, para a Península Ibérica. A hotelaria tem nas suas camas, na sua grande maioria, cerca de 90%, colchões Molaflex”.
Pedro Baptista aproveita a ocasião para convidar os nossos leitores a visitarem a loja através da página da Mezanine mobiliário de decoração, ou ainda podem contactar a empresa através das redes sociais ou pelo whatsapp.

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