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Consumo privado nos Açores cresce 4,3% em Julho, mas perde fôlego face a Junho

O Indicador do Consumo Privado (ICP-Açores) avançou 4,3% em termos homólogos em Julho de 2025, revelando um abrandamento de 0,9 pontos percentuais face ao valor revisto de Junho, de acordo com o destaque estatístico, ontem, divulgado pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA).
A trajetória recente confirma uma perda gradual de intensidade ao longo do verão: depois de se manter nos 5,6%–5,7% entre janeiro e abril, o ICP recuou para 5,2% em junho e para 4,3% em Julho, sempre medido como média móvel centrada de sete meses das variações homólogas. Em 2024, a mesma métrica terminara o ano nos 5,6%, antes da estabilização inicial em 2025 e do arrefecimento observado desde maio.
Segundo o SREA, a informação subjacente aponta para variações homólogas positivas na maioria das séries que compõem o indicador, com maior intensidade nos “Medicamentos vendidos em farmácias sujeitos a receita médica” e nos “Bens alimentares vendidos no comércio a retalho”. Em sentido contrário, as quedas mais expressivas ocorreram nos “Serviços Multibanco (pagamentos de serviços em caixas automáticos)” e nos “Transportes marítimos de passageiros”, espelhando uma dinâmica menos favorável em segmentos específicos do consumo e da mobilidade.
O ICP-Açores é um indicador coincidente e não deve ser interpretado como a taxa de variação do consumo privado em si, mas como uma medida do seu sentido e magnitude. Calculado em volume e expresso como média móvel ponderada e centrada de sete meses, combina 13 séries: gasolina 95 consumida, eletricidade consumida pelas famílias, população empregada, automóveis ligeiros de passageiros novos vendidos, compras Multibanco (levantamentos e pagamentos em TPA), serviços Multibanco (pagamentos de serviços), bens alimentares no retalho, crédito ao consumo às famílias, rendas (proxy do número de alojamentos), medicamentos com receita, transportes aéreos de passageiros, transportes marítimos de passageiros e transportes terrestres de passageiros. O SREA adverte ainda que os valores podem ser alvo de revisões posteriores por efeitos de sazonalidade, calendário e atualização das séries de base.
Em síntese, a procura interna na Região mantém-se em terreno positivo, mas dá sinais de moderação na viragem para o terceiro trimestre, num contexto em que a leitura mensal do indicador, pela sua natureza metodológica, deve ser enquadrada com cautela e acompanhada nas próximas divulgações, revela o SREA.

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