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As Serenatas das Furnas!

No Domingo de Sant`Ana no Vale das Furnas de 2022 escrevi este texto que foi publicado no blog Um Olhar Povoacense (em anexo), e se mantém atualizado, já que na ocasião propunha a realização de 3 trabalhos relacionados com as Furnas, a recordar: uma publicação bilíngue com a apresentação das águas das furnas, em que se identificava o seu nome, a sua localização, a sua composição química, temperatura, propriedades e utilização ao longo do tempo; um segundo trabalho ilustrado com a identificação das montanhas que circundam o Vale das Furnas, indicando os seus nomes, localização, altitude, origem, composição, aclimatação, e se pode ser utilizada, ou, não, para efeitos de expedição; e finalmente um levantamento das músicas, compositores, letras e intérpretes, das Serenatas das Furnas e outras composições, como o Hino das Furnas, ora, como não se avançou na concretização deste Desafio, ele mantém toda a sua pertinência. Eu próprio e dentro do possível estaria disposto a dar o meu contributo, tal como certamente outros furnenses. Não é de mais recordar que as Furnas são o principal ponto de atração de turismo nos Açores, contam-se pelos dedos os açorianos, os portugueses, os estrangeiros que pisam o solo micaelense e não vão ao Vale das Furnas, razão porque tudo o que se fizer para preservar a memória e ajudar a interpretar toda a riqueza material e imaterial daquele Vale encantado e maior Hidrópole do Mundo, peca sempre por ser escasso.
Em relação ao património imaterial que são as Serenatas das Furnas, já existe trabalho feito e de qualidade, como são a recolha e publicação de 15 temas reunidos num CD pelo Álvaro Melo e que nos transportam ao que de melhor se produziu nesta área, sendo assim, uma parte muito significativa do trabalho já está feita, só falta concluí-la. Como já escrevi as Serenatas das Furnas eram um hino à natureza, à vida, e à amizade, fossem nos passeios à água azeda, ou, nas visitas a casa dos amigos, representavam sempre momentos únicos de libertação e sã convivência, num tempo marcado por muita privação e pela dolorosa separação. Acresce que são uma homenagem a grandes talentos furnenses, como maestros, compositores, intérpretes e simples acompanhantes que se deliciaram a ouvir os instrumentos musicais, as letras e as vozes de ouro no masculino e no feminino que existiam e existem nas Furnas. Correndo o risco de me esquecer de alguns nomes, que desempenharam um papel importante neste mundo das Serenatas, das Músicas, das Letras e das vozes das Furnas, recordo: os Padres José Jacinto Botelho e Afonso Arruda Quental, Benjamim Rodrigues, Viriato Pacheco Costa, Manuel Pimentel da Costa, Vitor Rodrigues, António Pacheco, Conceição Pacheco, Conceição Vieirinha, Zenaida das Barracas, Joãozinho Tavares, Ana Casado, José Manuel Oliveira Melo, Paulo Martinho, Álvaro Melo, Ricardo Melo, Paulo Pimentel, Hermenegildo Galante, António Manuel Galante, e os tais acompanhantes como os saudosos Salsinha e o Teixeira. São nomes muitos dos quais já não estão entre nós, mas que marcaram um tempo de ouro nas Furnas. Sempre que falo nas Serenatas com o Onésimo Almeida, ele recorda os tempos que passou nas Furnas e como vivia as Serenatas, até porque as cantou com os colegas do Seminário, tem pena que elas tenham quase desaparecido, até sugere que no verão aproveitando a vinda de alguns emigrantes e presença de turistas se façam algumas Serenatas, aqui fica a sugestão!

Gualter Furtado

https://olharpovoacense.blogspot.com/2022/08/vale-das-furnas-um-registo-urgente.html
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