Na última reunião quinzenal da Câmara Municipal de Ponta Delgada, que se realizou no Pilar da Bretanha, o Chega questionou a autarquia relativamente às habitações multifamiliares que estão a ser construídas no concelho e que tipo de fiscalização e selecção está a ser feita para priorizar famílias da classe média que necessitam de habitação com rendas que consigam pagar.
Conforme comunicado de imprensa, o vereador Pedro Rodrigues, em substituição temporária do vereador José Pacheco, elencou que o Chega defende habitação condigna para todos, mas com prioridades, fiscalizações e selecções correctas para que famílias que trabalham e que não conseguem aceder ao crédito devido ao elevado preço da habitação no concelho, também consigam ter acesso a habitações a preços justos. “Não se pode dar prioridade a quem já recebe vários apoios e não trabalha, em detrimento de quem pode efectivamente pagar uma renda justa pela sua casa. O Chega não pede casas de graça, apenas casas acessíveis para a classe média”, reforçou o vereador.
Relativamente à questão dos sem-abrigo e dependentes, que têm causado desconforto em várias zonas da cidade, quer para quem ali mora quer para quem nos visita, o Chega quis saber qual a estratégia da autarquia para debelar essa situação.
Perante a evidência que muitos sem-abrigo estão a migrar de outros concelhos para Ponta Delgada, o vereador em substituição temporária questionou se tem sido feito algum trabalho juntamente com outros concelhos para encontrar uma solução para essas pessoas.
O Chega sugeriu que as instituições responsáveis por ajudar os sem-abrigo deveriam investir mais em ensinar uma arte laboral durante o dia e não servir apenas de passagem para refeições e medicação. “Ao estarem ocupados durante o dia, essas pessoas não estariam pela rua e a dar uma má imagem à cidade”, explicou Pedro Rodrigues.
Foi ainda questionada a autarquia relativamente aos valores dos novos depósitos de contentores de lixo porta-a-porta e os valores do sistema de depósito através de cartão num espaço com vídeo-vigilância. O Chega defende tratar-se de um investimento desnecessário, incentivando a Câmara Municipal de Ponta Delgada a melhorar o actual sistema de recolha de lixo e reciclagem, uma vez que tem havido queixas do funcionamento da recolha de resíduos urbanos.
