O Bloco de Esquerda defende a realização de debates frente-a-frente entre os líderes das candidaturas que concorrem às eleições regionais.“Esta será a melhor forma de esclarecer os açorianos e as açorianas sobre as ideias e os projectos de cada candidatura para o futuro dos Açores, enquanto Região”, lê-se numa nota daquele partido distribuída ontem.O Bloco de Esquerda considera que os debates com os candidatos dos círculos de ilha “são muito importantes, porque têm uma componente de proximidade à realidade local dos eleitores, mas só os debates que colocam frente-a-frente os líderes das várias candidaturas permite uma visão global sobre as políticas que cada candidatura defende em áreas como a Saúde, a Educação, os Transportes, o Ambiente, as Finanças, a Agricultura, o Mar, a Ciência, as Pescas, ou o Emprego, por exemplo, que são transversais a todas as ilhas, e que não são abordadas com profundidade nos debates de ilha”.O Bloco de Esquerda espera “que as restantes candidaturas às próximas eleições regionais, que se realizam no dia 4 de Fevereiro, manifestem também interesse na realização destes debates entre líderes, para que a campanha eleitoral seja o mais transparente e esclarecedora possível”.O Bloco de Esquerda diz reconhecer as dificuldades técnicas e logísticas que a realização destes debates representa para a RTP-Açores, “mas acredita que, no cumprimento da sua missão de serviço público, e enquanto instrumento fundamental da coesão regional, a estação pública de rádio e televisão estará disponível para acolher estes debates que são do maior interesse para a população dos Açores”.Visita ao HDESO líder do BE/Açores, António Lima, afirmou ter a certeza de que nenhuma Administração do Hospital de Ponta Delgada despedirá os trabalhadores precários gerados pela Covid-19 até que haja novo Governo. Segundo António Lima, aquele hospital tem “mais de 300 trabalhadores com contratos extremamente instáveis, os chamados contratos Covid-19, que o Governo Regional criou e aumentou exponencialmente”.O dirigente do Bloco de Esquerda nos Açores falava aos jornalistas após uma reunião com o Conselho de Administração do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada.O bloquista recordou que, em 2022, foi apresentada no Parlamento dos Açores uma proposta do BE com vista à integração dos 300 trabalhadores Covid-19, tendo “a maioria [que suporta o Executivo açoriano] afirmado que esta era uma medida populista e chumbado” a proposta. “Passado um ano, veio o Governo Regional apresentar a mesma proposta, quando num só ano aumentou em mais de 200 os trabalhadores precários no Serviço Regional de Saúde. Eram cerca de 300, passaram para mais de 500”, afirmou o dirigente do BE.