Até 23 de Janeiro, o Tremor e o Museu da Lagoa promovem uma oficina de arte bonecreira e presépios de lapinha, com o objectivo de reinterpretar os tradicionais bonecos de barro e os presépios de lapinha que, este ano, são o mote para a identidade visual do festival.
A intenção desta iniciativa foi juntar João Arruda, o artesão residente do Museu da Lagoa com Ruca Bourbon e Mariana Malhão, dois dos artistas convidados pelo Tremor, num trabalho colaborativo de confecção, pintura e construção de presépios com as figuras produzidas. Para o efeito, foi organizada uma oficina, aberta à comunidade, disponibilizando-se 10 vagas, todas preenchidas, onde os participantes encontram-se a fazer parte da produção.
Esta oficina de arte bonecreira e presépios de lapinha decorre no convento de Santo António, sede do Museu da Lagoa, tendo os inscritos sido divididos em dois grupos, funcionando em horários diferentes. Segundo os dois artistas convidados, aceitaram o desafio como forma de aprendizagem de uma arte nova para eles e que, ao mesmo tempo, lhes permite explorar a sua criatividade.
De acordo com a vereadora da área da cultura da Câmara Municipal da Lagoa, Albertina Oliveira, o desafio lançado pelo Tremor ao Museu da Lagoa foi bem recebido, até porque é mais uma forma de divulgar a arte bonecreira, tão identitária do concelho de Lagoa, e, ao mesmo tempo, explorar outras potencialidades. Albertina Oliveira alude aos diversos projectos que a autarquia tem desenvolvido em torno da arte bonecreira, desde o Núcleo Museológico do Presépio, ao projecto Novos Bonecreiros, relembra o presépio inaugurado em Dezembro passado, o Presépio das Histórias, tendo também promovido várias exposições e acções formativas.
De referir que, o Festival Tremor decorre, na ilha de São Miguel, entre os dias 19 e 23 de Março, sendo já uma referência no panorama artístico e cultural a nível nacional. Os bonecos criados nas oficinas do Museu da Lagoa farão parte de uma exposição inserida no festival.