A maternidade é a forma como as mães ou cuidadoras cuidam dos seus filhos. O apego e a forma como se cuida não depende só do relacionamento genético, mas sim do vínculo emocional que a criança tem com o seu cuidador.
O conceito de cuidador é que essa pessoa tem que cuidar, proteger e educar, abdicar da sua vida para viver em função dos filhos. As responsabilidades e a dificuldade na maternidade aumentam, criar uma criança exige tempo e dedicação e muitas vezes ausência de autocuidado, que pode dar origem ao stress rotineiro e causar esgotamento físico e emocional.
A exaustão, física e psicológica, associada à tarefa de criar os nossos filhos, é cada vez mais comum. É necessário estar atento aos sinais e evitar graves consequências. O acumular desses sintomas podem mesmo levar à distância entre progenitora e filho, à insatisfação de desempenhar adequadamente aquela função.
A maternidade nos nossos dias, tornou-se mais exigente, competitiva e desafiadora. É importante termos em consideração que nos dias de hoje, conciliar os filhos com trabalho a tempo inteiro e com as diversas responsabilidades de gerir um lar, é das tarefas mais difíceis de concretizar e são estes fatores responsáveis por sobrecarga e esgotamento.
A exaustão emocional e o esgotamento, associados à tarefa de criar os nossos filhos, é cada vez mais comum. Quando não identificados a tempo podem originar alterações emocionais, tais como raiva, tristeza, agressão física e verbal, distanciamento entre progenitor e filho e mesmo insatisfação de desempenhar adequadamente aquela função.
Embora o burnout na maternidade não seja muito valorizado, está presente diariamente na vida de muitas progenitoras e pode causar graves impactos negativos na saúde mental. É importante sabermos reconhecer os sinais que o corpo nos dá, conhecer as nossas capacidades e saber pedir ajuda. Quem cuida erra. Na maternidade não existe perfeição, existe amor, segurança, consolo.
Procurar ajuda junto de profissionais de saúde é fundamental para descobrir a causa do burnout, saber gerir essas emoções e melhor compreender o desenvolvimento da criança. Um psicólogo pode ajudar na recuperação da saúde mental e da qualidade de vida, criando ferramentas para a melhoria das dificuldades desse processo.
Converse e partilhe o que sente com outras pessoas, descanse, tire férias e pratique exercício físico. É importante cuidar de si para que possa cuidar do outro.
Fabiana Amaral *
*Psicóloga