Alunos de viola da terra, dos 11 aos 77 anos, apresentaram-se na Fajã de Baixo

A Escola de Violas da Fajã de Baixo fez a sua apresentação de 2.º período no Salão Nobre da Junta de Freguesia da Fajã de Baixo. A sessão contou com momentos musicais diversificados, desde as modas tradicionais açorianas, canções infantis, mas também passando por sonoridades da Canção de Coimbra e até da Bossa Nova. Esta diversidade de repertório é demonstrativa das potencialidades da viola da terra e é importante, também, para manter o interesse e empenho dos alunos.
A sessão começou com duas apresentações em vídeo, previamente registadas por alunos que não podiam estar na audição, seguindo-se apresentações quer individuais quer por turmas, de acordo com o trabalho que foi sendo realizado ao longo do ano lectivo.
Mais de uma dúzia de alunos puderam fazer a sua participação musical na audição, alunos com idades dos 11 aos 77 anos, que demonstraram que não há uma idade certa para se aprender a viola, desde que haja vontade e esforço.
A Escola de Violas tem as suas aulas semanais na Biblioteca da Junta de Freguesia da Fajã de Baixo, sendo o formador Rafael Carvalho. Tem formado, ao longo dos anos, vários tocadores que, para além das apresentações musicais da Escola, alguns também integram e reforçam ou têm ajudado a renovar os solistas de viola da terra em grupos folclóricos, em especial o grupo folclórico da freguesia, mas não só.
Na ilha de São Miguel, actualmente, existem apenas duas escolas de viola da terra a proporcionar formação contínua: na Ribeira Quente, com 8 alunos, e na Fajã de Baixo, com 18 alunos. Esta situação continua a não ser suficiente para a procura cada vez maior de formadores de viola da terra na ilha.
A Escola vai começar a preparar a sua audição de final de ano lectivo, que, normalmente, tem sido associada às comemorações do Dia da Criança, mas tem também em agendamento apresentações da sua classe de conjuntos, em alguns eventos.