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Ir a votos

Os açorianos têm boas razões para irem hoje a votos.
São eleições nacionais, que costumam motivar menos os eleitores açorianos, mas é importante que saibamos contribuir para os destinos do nosso país, mesmo quando a República nos é madrasta, como aconteceu nestes últimos anos.
É essencial que a nossa voz se faça sentir no país e os cinco deputados que vamos eleger hoje serão essa voz na Assembleia da República, pelo que se torna necessário que façam a nossa representação com a força do nosso voto.
Sabemos que o desencanto com a política e com os políticos é crescente, mas está nas nossas mãos escolher os melhores, que possam defender e implementar as melhores políticas para o colectivo.
Como escrevemos aqui há dois anos, hoje temos mais esta oportunidade graças à democracia e à liberdade que vamos gozando há 50 anos, privilégio que nem todos os povos têm acesso.
Na verdade, termos a possibilidade de eleger os nossos representantes para o parlamento nacional é uma dádiva que nos deu o 25 de Abril, quebrando um tratamento de séculos em que a nossa voz não era ouvida no Reino ou no Império dos senhores de outrora.
Não podemos desperdiçar mais esta oportunidade de nos fazermos ouvir e decidir, por uma questão de defesa da nossa Autonomia e até em homenagem aos 50 anos da nossa liberdade.
Saibamos honrar a nossa Região.

Os critérios Michelin

Portugal recebeu, há poucos dias, a Gala Michelin, que, segundo alguém já disse, teve mais olhos do que barriga.
Foi a primeira gala de um guia exclusivamente português, que distinguiu restaurantes de Norte a Sul, foi à Madeira e… esqueceu-se dos Açores!
Os critérios duvidosos do Guia Michelin já foram escalpelizados por peritos na matéria, mas é preciso que fique aqui lavrado o protesto e a devida solidariedade com os Chefs que dão o seu melhor na restauração açoriana.
É mais do que óbvio – segundo os especialistas – que os Açores já possuem condições para serem galardoados pelo Guia (nomeadamente em S. Miguel, Terceira e Pico), nem que fosse na categoria de Restaurantes Recomendados, em que houve 21 por todo o país.
Conhecemos alguns deles e temos na nossa Região – poucos, mas temos – alguns que superam os requisitos dos Recomendados.
Os critérios do Guia parecem querer dizer-nos que, para ser Chef Michelin ou Recomendado, tem que se sair dos Açores.
É, pelo menos, o caso do jovem Chef João Diogo Costa, que fez um trabalho fantástico e de notável sucesso no Azores Wine Company, na ilha do Pico.
Ora, o Chef João Costa nuca foi visitado pelo Guia no Pico, mas foi para a Madeira há menos de um ano e foi um dos premiados na semana passada, mantendo a estrela Michelin no famoso William Restaurant, do Reid’s Palace, no Funchal.
As estrelas podem ser um bom negócio – e são no mundo da restauração -, mas os critérios são uma grande treta.

Osvaldo Cabral
[email protected]

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