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Diocese açoriana entrega renúncia quaresmal do ano passado à Cáritas da Síria

A Diocese de Angra entregou na passada semana 12.378,40 euros à Cáritas da Síria, o resultado da renúncia quaresmal no ano de 2023, informa o ecónomo diocesano, cónego António Henrique Pereira.
A transferência, feita através da Cáritas Internacional, visa apoiar as populações sírias vítimas do terramoto na Síria, que ocorreu a 6 de Fevereiro do ano passado e vitimou mortalmente mais de 50 mil pessoas, sendo o quinto terramoto mais mortal dos últimos 20 anos.
“Todos sabemos o que significa um terramoto nos Açores, também o povo açoriano já foi sujeito de semelhante ajuda fraterna, até de outros países. Agora vamos pensar neles e nas suas casas e vidas a reconstruir”, podia ler-se na mensagem da Quaresma do bispo de Angra, no ano passado.
Já este ano, D. Armando Esteves Domingues anunciou que as comunidades açorianas vão ajudar projectos em São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, com os donativos da sua renúncia quaresmal.
“Convido todos, todos, todos a voltar à Eucaristia nesta Quaresma. Atrevo-me a entrar em vossas casas, para abanar a consciência dos pais de família para a importância de serem naturais educadores e transmissores da fé e para fazerem um programa conjunto de caminho espiritual nesta Quaresma. O que for possível, mesmo se pouco, poderia ajudar a todos”, escreve D. Armando Esteves Domingues, na mensagem para a Quaresma 2024.
A verba resultante desta renúncia deve ser entregue à Diocese no final da Quaresma.
A Quaresma, que tem início esta Quarta-feira, com a celebração de Cinzas, é um tempo litúrgico, de 40 dias (a contagem exclui os domingos), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência; serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (este ano a 31 de Março).
O bispo de Angra afirma que “o tempo forte e empolgante” da Quaresma começa com a celebração da Eucaristia e imposição das cinzas, destacando também a importância do Ato Penitencial que, “redescoberto e bem feito”, pode ser uma ajuda para este caminho quaresmal e para chegar “à terra da Páscoa, reconstruidos por dentro, verdadeiros artesãos da paz e do amor”.
D. Armando Esteves Domingues incentiva que, neste tempo de “reacerto”, os diocesanos aprendam a arte da moderação e do cuidado e vejam “no outro o irmão, independentemente da sua circunstância”, fazendo tudo para “o ajudar na defesa da sua dignidade”, e anuncia também que o destino da renúncia quaresmal da diocese é para dois países lusófonos.
Em São Tomé e Príncipe, contextualiza, respondem ao pedido do Projeto de Desenvolvimento Integral de Lembá (PDIL), na cidade das Neves, que é desenvolvido pela Associação Abraçar São Tomé e Príncipe: o Centro Social Mãe Clara “dá mais de 2000 refeições a crianças e idosos”; a Escola Nossa Senhora das Neves para mais de 800 crianças; o Centro Despertar a mais de 200 crianças e a Sala de Informática da Escola Nossa Senhora das Neves.
Enquanto em Cabo Verde, explica D. Armando Esteves Domingues, a Cáritas Diocesana de Santiago-Praia manifestou a “necessidade de se construir um depósito de água potável” na escola primária de Pingo de Chuva, o “projeto ronda os 8000” (oito mil euros) e o bispo português quer “pagá-lo na íntegra”;
o Projecto ‘Mison Corason 997’ é desenvolvido pelo Centro Educativo do Sagrado Coração de Jesus, na cidade da Praia.
A renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua Diocese.

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