Edit Template

BE acusa Governo de querer privatizar a Saúde

O coordenador do BE/Açores, António Lima, acusou o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) e a direita de pretenderem privatizar o Serviço Regional de Saúde, que está “sufocado financeiramente”.
“O Serviço Regional de Saúde, com este Governo, não está melhor, está sufocado financeiramente, sufocado por um Governo Regional” que não o quer melhorar, nem valorizar os seus profissionais, o que leva a um serviço “mais fraco que responde menos às necessidades das pessoas”, afirmou António Lima, em Ponta Delgada, após uma reunião com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
O bloquista, que é cabeça de lista pelos círculos de São Miguel e de Compensação, considerou que o enfraquecimento do Serviço Regional de Saúde é propositado, pois “a Coligação e a direita têm uma intenção clara” de o degradar “para beneficiar o sector privado, que, nos Açores, está com mais força, com um hospital privado do maior grupo privado de saúde do país”.
Na ocasião, António Lima lamentou também a dívida aos enfermeiros, “à volta dos 10 milhões de euros”.
Segundo o cabeça de lista, “os pagamentos começaram a ser feitos, numa primeira fase, por este Governo, mas depois simplesmente” deixou de o fazer, assinalando que, “a cada ano que passa, este problema vai-se avolumando e está cada vez mais difícil de resolver”.
Salientando a necessidade de resolver este problema de uma vez por todas, assumindo esse compromisso com um “plano de pagamentos que seja cumprido”, António Lima alertou, igualmente, para a dificuldade de fixação de enfermeiros.
“Estamos a investir muito na sua formação, mas depois não vão trabalhar no Serviço Regional de Saúde, isso é uma perda para o futuro”, considerou, questionando: “Quantas vezes ouvimos falar o anterior Secretário da Saúde e a actual Secretária da Saúde em incentivos para enfermeiros e depois nunca saem do papel?”.
Por outro lado, referiu ser incompreensível que, no arquipélago, onde há “carência de enfermeiros” e onde não se consegue “fixar aqueles que terminam o curso”, haja cerca 100 enfermeiros nos hospitais com contrários precários.
António Lima explicou serem contratos celebrados por ocasião da pandemia de covid-19 e sustentou que “já seria inadmissível ter enfermeiros com contratos precários, ainda por cima quando eles são escassos”.
“O Governo de direita está a manter os enfermeiros precários quando precisa deles, quando cumprem necessidades permanentes”, acrescentou o candidato, assinalando ainda que os hospitais “podem colocar esses enfermeiros no quadro, porque são empresas”, mas funcionam “completamente dependentes” da decisão do Executivo.

Edit Template
Notícias Recentes
Bensaúde compra Hotel Caloura
PIB dos Açores cresceu mais do que o nacional
Está já em vigor um passe para visitar as nove ilhas por avião e barco com subsídio do governo
Sónia Nicolau avança com lista de independentes à Câmara de Ponta Delgada
Tribunal de Contas alerta que é preciso reforçar meios de socorro em P. Delgada e R. Grande
Notícia Anterior
Proxima Notícia

Copyright 2023 Diário dos Açores