O voto antecipado em mobilidade para as eleições legislativas regionais dos Açores decorreu com normalidade, disse o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Fernando Anastácio.
“Foi uma votação que decorreu em perfeita normalidade”, afirmou Fernando Anastácio, explicando que ocorreram pedidos de informação à CNE, ao longo do dia, o que também é normal.
O porta-voz da CNE esclareceu que estes votos vão ser remetidos para as mesas a que os eleitores pertencem e escrutinados no dia 4 de Fevereiro.
Um total de 3.528 eleitores inscreveu-se no voto antecipado em mobilidade para as legislativas regionais dos Açores, menos do que no sufrágio de 2020.
De acordo com o director regional da Organização, Planeamento e Emprego Público dos Açores, Délio Borges, “inscreveram-se 3.528 eleitores”, sendo Lisboa (948), Ponta Delgada (560), Porto (293), Angra do Heroísmo (289) e Coimbra (136) os cinco locais mais requisitados.
“Nas eleições de 2020, na modalidade de voto antecipado em mobilidade, inscreveram-se 3.541 cidadãos, tendo votado e exercido o seu voto 3.079, não tendo comparecido 462”, esclareceu Délio Borges.
Bispo apela a projectos
“realistas e criativos”
O bispo de Angra, Armando Esteves Domingues, sublinhou a importância de votar nas legislativas açorianas, referindo que a região “não dispensa projectos realistas e criativos que devolvam esperança”.
Numa nota divulgada à imprensa, o responsável pela Diocese de Angra, que abrange todo o arquipélago dos Açores, referiu que o contexto actual no mundo, no país e na região é de dificuldade, com o crescimento das desigualdades e pobreza.
“São precisos projectos sérios nas sociedades contemporâneas e a sociedade açoriana, em particular, não dispensa projectos realistas e criativos, que devolvam a esperança; que coloquem as pessoas no centro, que garantam o respeito pela dignidade e inviolabilidade do direito à vida”, escreveu Armando Esteves Domingues.
Esses programas, acrescentou, devem também facilitar, entre outros, o acesso à habitação e ao trabalho digno, levando os eleitores a votar em projetos concretos que respondam aos desafios da sociedade.
“Votar não é só um dever. Desejo que cada voto represente também o compromisso de tudo fazer para que, todos juntos, recuperemos aquele fundo humano comum de que precisamos.
Só assim a política dará um contributo decisivo para ‘sairmos juntos’ dos problemas que são de todos”, referiu.
Por isso, disse ainda o bispo de Angra, todos devem participar na escolha dos representantes que consideram ser “mais capazes de administrar os recursos disponíveis e que são sempre escassos, em prol do bem comum, para garantir a igualdade de oportunidades e os direitos constitucionalmente consagrados”.