A taxa de inflação homóloga nos Açores baixou em Fevereiro para 1,65%, sendo a nacional de 2,07%, revelou ontem o SREA.
A descida na região foi maior do que a média do país, o que permitiu ficar aos Açores ficar, agora, com uma taxa geral mais baixa do que no resto do país.
Apesar da inflação geral ter descido e já se situar num patamar abaixo das expectativas do BCE, que é chegar aos 2%, para baixar os juros, na categoria dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, nos Açores, a inflação é mais alta: 4,20%, uma descida considerável em relação a fevereiro do ano passado, quando se situava nos 19,57%.
A taxa de inflação homóloga nos Restaurantes e Hotéis também se encontra acima da taxa média, 5,47%.
Taxa média também baixou
A taxa de variação média dos últimos doze meses, terminados em Fevereiro, do Índice de Preços no Consumidor, “Total”, desceu para 3,96%.
As maiores variações médias positivas verificaram-se nas classes “Produtos alimentares e bebidas alcoólicas” (9,85%), “Restaurantes e hotéis” (9,83%), “Comunicações” (5,05%) e “Acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação” (4,12%).
Em sentido contrário, a única classe que apresentou variação média negativa foi a do “Vestuário e calçado” (-1,61%).
A taxa de variação média dos últimos doze meses nacional foi de 3,33%.
A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor, “Total” de fevereiro, situou-se nos 1,65%, descendo 0,78 pontos percentuais em relação à taxa divulgada no mês anterior.
A taxa homóloga a nível nacional foi de 2,07%.
A taxa mensal do índice de Fevereiro, “Total”, foi de -0,24%, descendo 0,26 pontos percentuais em relação ao mês de anterior.
A classe “Comunicações”, com 5,55%, foi a que mais se realçou no sentido da alta, enquanto no sentido da baixa foi a classe “Vestuário e Calçado”, com -9,65%.
A taxa mensal a nível nacional foi de 0,03%.
Tendência de abrandamento
Segundo o INE, com esse abrandamento, o índice de preços no consumidor (IPC) retoma uma trajetória decrescente, após uma breve aceleração no arranque do ano.
“A variação homóloga do IPC foi 2,1% em fevereiro de 2024, taxa inferior em 0,2 pontos percentuais à registada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 29 de Fevereiro”, indica o INE.
A inflação subjacente, que exclui os produtos cujos preços são mais voláteis (produtos alimentares não transformados e energéticos) também abrandou de 2,4% para 2,1%.
Significa isso que a chamada “inflação crítica” está agora ao mesmo nível que a inflação global, o que revela que todo o cabaz de produtos analisados pelo INE foi “contaminado” pela subida dos preços no consumidor.
Produtos energéticos
aumentam
Já o índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 4,3%, depois de ter retomado o sentido positivo em janeiro, com uma aceleração para 0,2%.
Entre Março e Dezembro do ano passado, os preços da energia estiveram sempre em terreno negativo, ou seja, foram mais baratos em comparação com o ano anterior.
Este regresso a valores positivos pode atrasar o processo de desinflação em curso.
Por outro lado, o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou para 0,8%, “parcialmente em consequência do efeito de base associado ao aumento de preços registado em fevereiro de 2023 (variação mensal de 1,4%)”.
Em janeiro, o preço dos alimentos não transformados tinham subido 3,1%.
O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite comparações com os restantes países da União Europeia (UE) apresentou uma variação homóloga de 2,3%, um valor que compara com 2,5% registado no mês anterior.