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Últimas romarias recolhem hoje: Bispo D. Armando vai lavar os pés dos jovens que se preparam para o Crisma

Os últimos romeiros que ainda estão na estrada recolhem hoje às suas paróquias.
Como é tradição, as romarias quaresmais terminam na Quinta-feira-santa, hoje, quando recolhem os últimos ranchos coincidindo com a Missa da Ceia do Senhor, onde está instituído o rito do Lava-pés.
As romarias quaresmais 2024 mobilizaram 56 ranchos – 54 da Ilha de São Miguel, dois da diáspora açoriana, e grupos nas ilhas Terceiras, Graciosa e São Jorge e grupos de romeiras.

Bispo preside
ao Tríduo Pascal

A Semana Santa que começou no Domingo de Ramos, com a celebração da Missa da Paixão do Senhor, tem o seu cume no Tríduo Pascal, que será presidido pelo bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues num momento em que a Sé de Angra assume o lugar de Catedral diocesana, onde se esperam “muitos fiéis”.
“Queremos realçar o sentido desta Semana tão importante para os católicos e congregar os fiéis que queiram participar nas nossas celebrações” referiu ao Sítio Igreja Açores o pároco da Sé, padre Hélder Miranda Alexandre.
Durante o Tríduo Pascal, que começa com a Missa da Ceia do Senhor, hoje, Quinta-feira Santa, às 20h00, seguida de oração comunitária, haverá Ofício de Leitura e Laudes na Sexta-feira Santa, com Via-sacra e a Procissão do Senhor Morto.
A missa de Páscoa será às 11h00, no domingo, e terá um batismo.
Também esta celebração será transmitida pelos meios de comunicação social.
Na missa vespertina de hoje, Quinta-feira Santa, haverá o rito do lava-pés, envolvendo os jovens que celebrarão o sacramento do Crisma.
“O senhor Bispo irá lavar os pés apjovens que se preparam para o sacramento do Crisma na paróquia e outras crianças da catequese dando continuidade ao que tem sido a JMJ, procurando fazer uma ligação aqueles que são os desafios a pensar na pastoral juvenil da Igreja dos Açores”, disse ainda o padre Hélder Miranda Alexandre.
É a primeira vez que o sacerdote organiza a Semana Santa na Sé como pároco e este momento representa também o regresso do sacerdote ao “terreno” já que esteve durante uma década como reitor do Seminário de Angra.
“É uma enorme responsabilidade mas também uma grande alegria por regressar ao terreno; temos muita gente a trabalhar , já preparámos um lausperene em jeito de pórtico para esta semana maior e, por isso, estamos todos entusiasmados para fazer o melhor: acolher todos e a trabalhar para que nada falte”, disse ainda.
Durante estas celebrações irá ser utilizado um novo evangeliário.
Trata-se de uma “peça única e original”, desenhada e concebida pelos monges de Singeverga.
“O tema é o lema episcopal de D. Armando Esteves Domingues `eis a tua mãe´, do Evangelho de São João, e na frente tem uma imagem de Maria junto à Cruz e, na parte de trás, a árvore da vida. Por dentro, uns fios de ouro para simbolizar a intervenção divina. É uma peça muito bonita para ser lida e contemplada”, refere ainda o sacerdote.

Momentos centrais
da Semana Santa
começam hoje

Os momentos centrais da Semana Santa começam nesta quinta-feira, dia em que se celebram a Missa Crismal e a Missa da Ceia do Senhor.
Antigamente, na manhã deste dia celebrava-se o rito da reconciliação dos penitentes, a quem tinha sido imposto o cilício em Quarta-feira de Cinzas.
A manhã é preenchida pela Missa Crismal, que reúne em torno do bispo o clero da Diocese, na qual são abençoados os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagrado o santo óleo do crisma.
Nesta Quinta-feira, com a Missa vespertina da Ceia do Senhor tem início o Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor: é comemorada a instituição dos Sacramentos da Eucaristia e da Ordem e o mandamento do Amor (o gesto do lava-pés).
No final da Missa, o Santíssimo Sacramento é trasladado para um outro local, desnudando-se então os altares.
Na Sexta-feira Santa não se celebra a Missa, tendo lugar a celebração da morte do Senhor, com a adoração da cruz; o silêncio, o jejum e a oração marcam este dia.
O Sábado Santo é dia alitúrgico: a Igreja debruça-se, no silêncio e na meditação, sobre o sepulcro do Senhor e a única celebração primitiva parece ter sido o jejum.
A Vigília Pascal é a “mãe de todas as celebrações” da Igreja, evocando a Ressurreição de Cristo.
Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal: a bênção do fogo novo e do círio pascal; a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a série de leituras sobre a História da Salvação; a renovação das promessas do Batismo, por fim, a liturgia Eucarística.
No domingo, será a Missa da Ressurreição do Senhor.
O Bbispo de Angra presidirá a todas estas celebrações na Catedral açoriana.

Mais de 3 dezenas
de sacerdotes de S. Miguel
e Santa Maria

Mais de três dezenas de sacerdotes das ilhas de São Miguel e de Santa Maria renovaram as suas promessas sacerdotais, na Igreja Matriz de São Sebastião, em Ponta Delgada, ao lado do bispo de Angra que lhes pediu para, com ele, renovarem “esta grande história de amor” que começou no dia da ordenação e que hoje, revelando-se porventura “mais exigente”, possa ser “o alicerce de uma Igreja de serviço”, sobretudo aos mais frágeis.
“Que a renovação das promessas seja a renovação deste amor fiel; podemos abraçar-nos, olharmo-nos olhos nos olhos e renovar esta grande história de amor. Formemos um só corpo que se quer bem, porque hoje é mais difícil, corpo fraterno e amigo, generoso, disponível e com capacidade de se renovar todos os dias para gerar vida nova”, afirmou D. Armando Esteves Domingues logo no ínicio da homilia, altura em que dirigindo-se à vasta assembleia de fieis presentes, pediu desculpa por falar sobretudo para os padres, porque hoje “caríssimos, é o nosso dia”.
“É um tempo difícil para nós” salientou; “somos poucos” e temos “os olhares virados para nós e não só na pregação mas também no nosso estilo de vida”, afirmou o prelado, lembrando o exemplo de Jesus e convidou-os a nunca desistirem do seu ministério.
“Que o desânimo nunca se apodere de nós. Uma crise não é pecado mas uma nova oportunidade; uma dificuldade que às vezes nos impede de avançar, e que possamos sentir, deve ser vista como um ponto de arranque para novas etapas”, disse ainda pedindo, por outro lado, “correção fraterna e amor” uns para com os outros , mas sobretudo com as comunidades.
Nesta celebração participaram dois dos sete sacerdotes que completam os seus jubileus este ano.
São os padres Francisco Zanom, brasileiro, mas que serve na diocese há já vários anos e que foi ordenado há 25 anos e o padre António Rego, sacerdote diocesano, ordenado há 60 anos e que serviu sobretudo a Igreja na área da comunicação.
“É um dia bonito para todos nós mas é particularmente bonito para o Padre António Rego que foi ordenado nesta Matriz há 60 anos. Fica aqui a expressão da nossa diocese mas também da Igreja portuguesa a quem deu tanto através da comunicação social, contribuindo para a abertura da Igreja ao mundo, uma Igreja aberta e atenta ao mundo”, concluiu o Bispo de Angra, D. Armando Domingues.

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