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Bispo D. Armando preside à missa da Páscoa

Hoje, Sexta-feira Santa, não se celebra a Missa, tendo lugar a celebração da morte do Senhor, com a adoração da cruz; o silêncio, o jejum e a oração marcam este dia.
O Sábado Santo é dia alitúrgico: a Igreja debruça-se, no silêncio e na meditação, sobre o sepulcro do Senhor e a única celebração primitiva parece ter sido o jejum.
A Vigília Pascal é a “mãe de todas as celebrações” da Igreja, evocando a Ressurreição de Cristo.
Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal: a bênção do fogo novo e do círio pascal; a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a série de leituras sobre a História da Salvação; a renovação das promessas do Baptismo, por fim, a liturgia Eucarística.
No domingo, será a Missa da Ressurreição do Senhor.
O bispo de Angra presidirá a todas estas celebrações na Catedral açoriana.

Papa pede para que sacerdotes
sejam solidários

O Papa pediu que os sacerdotes sejam misericordiosos e solidários com as “lágrimas” da humanidade, falando durante a celebração da Missa Crismal, a que presidiu na Basílica de São Pedro.
“Queridos irmãos, a nós – seus Pastores –, o Senhor não pede juízos de desprezo contra quem não crê, mas amor e lágrimas por quem vive afastado. Quando as situações difíceis que vemos e vivemos, a falta de fé, os sofrimentos que tocamos, entram em contacto com um coração compungido, decididamente não suscitam a polémica, mas a perseverança na misericórdia”, referiu, na homilia da celebração.
“O Senhor procura, especialmente entre as pessoas que lhe estão consagradas, quem chore os pecados da Igreja e do mundo, fazendo-se instrumento de intercessão por todos”, insistiu.
Francisco, que leu a sua própria intervenção, de vários minutos, alertou para atitudes de “dureza e recriminação, egoísmo e ambições, de rigidez e insatisfações” na vida sacerdotal.
“Irmãos, pensemos em nós próprios e interroguemo-nos quão presente estejam a compunção e as lágrimas no nosso exame de consciência e na nossa oração. Perguntemo-nos se, com o passar dos anos, aumentam as lágrimas”, apelou.
No dia em que a Igreja Católica inicia o Tríduo Pascal, evocando a instituição da Eucaristia e do sacerdócio, Francisco disse que “a cura do pastor acontece quando, feridos e arrependidos, se deixam perdoar por Jesus”.
“Hoje, numa sociedade secular, corremos o risco de ser muito ativos e, ao mesmo tempo, sentir-nos impotentes, com o resultado de perdermos o entusiasmo e sermos tentados a deixar de remar, fechar-nos em lamentos”, insistiu.
O Papa fez referência ao facto de esta ser a Quinta-feira Santa do Ano da Oração, que prepara o Jubileu de 2025, para explicar a opção de centrar a sua homilia na “compunção” interior.
“Não é um sentimento de culpa que te lança por terra, nem uma série de escrúpulos que paralisa, mas uma picada benéfica que queima intimamente e cura, pois o coração, quando se dá conta do próprio mal e se reconhece pecador, abre-se, acolhe a ação do Espírito Santo”, precisou.
“Quem retira a máscara e se deixa olhar por Deus no coração, recebe o dom destas lágrimas, as águas mais santas depois das do Batismo”, acrescentou.
Francisco destacou que este choro é diferente de “sentir pena” de si mesmo, mas um sinal de arrependimento pelo pecado, pedindo atenção para não cair na “hipocrisia clerical”.

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