Edit Template

De relance… A Via-Sacra, rumo a Páscoa!

Nesta Quaresma a celebração do Sagrado Lausperene tocou-me especialmente, regressei ao meu passado, sobretudo quando exerci funções em meios rurais e participei com os alunos nessa experiência de louvor e de reencontro nos caminhos do Senhor.
O trono ao Santíssimo Sacramento era enfeitado com flores da época, comuns em todas as casas – os «jarros», alvos de neve, a significar pureza de alma, numa aproximação de verdadeira paz interior…
Ao celebrar o Jubileu da Misericórdia, o Santo Papa Francisco – na minha modesta opinião – talvez juntou esse Louvor às «24 horas para o Senhor»; e, como afirmou o meu pároco, Dr. José Paulo Machado, no – Dia Mundial da Oração- «Diante de Deus não há lugar para silêncios incómodos. O diálogo interior flui inexplicavelmente. Não há que fugir a isto quando se tem a coragem de nos demorarmos com o Sagrado».
Pelo que pude ler na Imprensa local, aproveitando o tempo quaresmal, algumas paróquias da nossa ilha – mesmo celebrando o Lausperene – também tiveram esse momento de oração, como uma inspiração à reflexão, há mudança de vida!
Dos vidros da minha janela ouvi sinos repicar, chamando todos para esse momento de louvor, de interioridade e vi os meus vizinhos caminhando até lá…
O meu pensamento levou-me até o Concilio Vaticano II, que permitiu uma «nova» Quaresma, com pensamento na Igreja de hoje, tanto em preparação teológica, como experiência pastoral e pessoal.
Como expressou o Cardeal Tolentino Mendonça, na oração da «sede» que compôs para a Quaresma- 2018:


Ensina-me, Senhor, a rezar a minha sede
a pedir-te não que te arranques de mim
ou a resolvas (depressa
mas que a amplies ainda
naquela medida que desconheço
e que apenas sei que é a Tua!


O nosso Bispo, D. Armando em várias cerimónias que tem presidido nesta Quaresma fez apelos à espiritualidade, à educação, à saúde, à velhice e alertou para o perigo da radicalização social, política e religiosa que se vive no País e chega à nossa Região.
Aliás, quando escrevo este artigo de opinião e perante o desalinho que se assistiu na Assembleia da República, o Cardeal Patriarca de Lisboa, dirigiu este apelo: «Que todos os portugueses se interessem pela fragilidade que se vive neste País» …
Veremos o que se vai desenrolar por cá, pois se não houver um compromisso de honra que congregue as grandes causas, a Região ficará mais isolada nos seus desígnios.
Ainda como momento de reflexão quaresmal, rumo ao novo dia da Páscoa da Ressurreição – por que a democracia já não é rotineira – juntei a esta «opinião» dois pólos de convergência: a Igreja e a política, por que ambas vivem ao serviço do povo, na denuncia e no encontro empenhado de soluções. ..
Como disse o Papa Francisco «A espiritualidade começa quando vou para além do meu eu e sou capaz de me projectar no outro».
Um outro momento que sempre me habituei a reflectir e a acompanhar em espírito, refere-se à constituição e saída dos ranchos de Romeiros, percorrendo a ilha, visitando todas as igreja e ermidas sob a evocação da Virgem Maria – a Romaria Mariana!
Uma romaria que se alargou à diáspora e hoje, felizmente, se estende a várias das nossas ilhas. Também às senhoras: Maria foi Mulher e Mãe; aos jovens e às crianças numa missão educativa de Fé.
Para bem de todos nós, os sinos voltaram a repicar Aleluia, em esperança!
Santa Páscoa!

Rubens Pavão

Edit Template
Notícias Recentes
Ponta Delgada lidera subida do preço das casas no 2º trimestre
Grupo Sousa reforça operação nos Açores com aquisição de navio…
Incêndio no HDES teve origem nas baterias dos condensadores
Unidades hospitalares sem pagar aos bombeiros
Trabalhadores da Azores Airlines dizem-se “apreensivos” com novo Presidente da SATA
Notícia Anterior
Proxima Notícia

Copyright 2023 Diário dos Açores