Atualmente, temas como o bem-estar, a felicidade e os locais de trabalho saudáveis estão cada vez mais presentes nas nossas conversas, nos estudos científicos e até nas políticas governamentais. Não obstante, o nosso bem-estar é maior do que a soma de todas essas partes. Apostemos, então, na parte que nos cabe.
Consideremos, por exemplo, o potencial associado aos nossos neurotransmissores, substâncias libertadas pelas transmissões dos neurónios (células cerebrais) que asseguram a comunicação entre diferentes tecidos do sistema nervoso. Alterações destas substâncias podem provocar desequilíbrios na regulação emocional, na qualidade do sono ou na resposta adaptativa ao stress, afetando negativamente o nosso bem-estar.
Estimulemos, então, a produção dos nossos neurotransmissores:
- Para a dopamina, promotora da nossa vitalidade, disposição e motivação, é crucial estabelecermos metas e darmos passos para a sua concretização. Note-se que em causa podem estar desafios como ir para a cama uma hora antes do habitual ou cumprir um compromisso profissional desafiante. A cada passo, a sensação de recompensa por estarmos mais perto do nosso objetivo potenciará o nosso bem-estar.
- No que respeita à ocitocina, é importante promovermos, em qualquer contexto, um ambiente agradável, propício à criação de relações de confiança.
- Relativamente à serotonina, com impacto significativo no nosso humor, realizar atividades que promovam o contacto com a natureza, o relaxamento e a meditação incrementará o nossa disposição e consequente bem-estar.
- Quanto à endorfina, que atua ao nível do stress, do medo e da dor, praticar exercício físico, proporcionar momentos de descontração e realizar ações de teambuilding em contexto empresarial, por exemplo, contribui para a sua estimulação.
E porque, passo a passo, podemos potenciar o nosso bem-estar, façamos também a nossa parte.
Fique bem, pela sua saúde e a de todos os açorianos!
Um concelho da delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses.
Paula Domingues