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Domingo de Pentecostes

O Pentecostes,
é a Revelação do mistério do Espírito Santo!
A Terceira entidade da Santíssima Trindade,
igual e uma, com o Pai e o Filho.

Antífona: O Amor de Deus, foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que habita em nós, Aleluia, Aleluia, Aleluia.
O Espírito do Senhor, encheu a terra inteira; Ele abrange o Universo, e conhece toda a palavra. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
O Evangelista S. João, sublinha que o crente depende vitalmente deste Espírito que moveu Jesus e que o identifica com Ele.
No texto Evangélico constam duas partes distintas: a doação da Paz, (19-20), e a entrega do Espírito Santo (21-23).
Hoje, o Espírito Santo desce, e infunde o seu amor nas nossas mentes ainda ligadas às coisas terrenas, enquanto as línguas de fogo ardente, aquecem os corações com a força e a suavidade do amor, pois o próprio Espírito Santo, é Amor.
A festa de Pentecostes continua a ser a festa que reúne e faz concentrar tudo e todos num único lugar “Recebei o Espírito Santo”(Evangelho, Jo 20,19-23).

No culminar do tempo da Páscoa, relemos a cena do próprio dia da Ressurreição, como que, a recordar-nos, que aquilo que hoje se celebra, é realmente uma das faces da Páscoa de Jesus.
O Espírito Santo, é o resplendor e a beleza da imagem de Cristo que brilha e atinge a sua mais alta expressão, no progresso espiritual da humanidade.
Na liturgia do Pentecostes, a grandeza da Obra de Deus estende-se a todo o arquipélago, e deste modo, parece comparável ao anúncio da palavra proclamada no Domingo da Ascensão:
Ide por todo o mundo e anunciai a todos a Boa Nova, porque estarei convosco até ao fim dos tempos! Cantai e louvai cânticos inspirados, porque nada foi criado sem o “pneuma “ do Espírito de Deus.
Consumada a obra que o Pai confiou ao Filho, todos ficaram cheios do Espírito Santo, quando reunidos no mesmo local, subitamente ressoou vindo do Céu, um som comparável a forte rajada de vento.
Viram então, aparecer umas línguas à maneira de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma sobre cada um deles.
Se considerarmos a liberdade interior em que o homem, sem olhar para si mesmo, permanece fiel à exigência da sua consciência; se conseguirmos, sem sabermos sequer nós, como colocarmo-nos fora da prisão do nosso egoísmo; se não nos contentarmos apenas em apreciar os prazeres e as alegrias, mas possuirmos a alegria que não conhece limites; se nos confiarmos com fé ao mistério supremo, onde se unificam o significado último e o amor, em tais circunstâncias está em ação aquele que nós cristãos chamamos, o pneuma de Deus, o Espírito Santo.
Recebei o Espírito Santo, João 20- 22, é citação do Papa Francisco, na sua exortação Apostólica.
“Entre todas as solenidades, o Pentecostes distingue-se por importância, porque nela se verifica aquilo que o próprio Jesus anunciara como a finalidade de toda a sua missão na Terra.
Enquanto subia para Jerusalém, declarara aos discípulos: “vim lançar fogo sobre a Terra; e que quero Eu, senão que ele já tenha sido ateado? (Lucas 12, 49).
Estas palavras, encontram a sua mais evidente realização cinquenta dias depois da ressurreição, no Pentecostes, antiga festa judaica que na igreja se tornou a festividade por excelência do Espírito Santo: “viram, então, aparecer umas línguas de fogo… e todos ficaram cheios do Espírito Santo) Actos 2,3-4).
Na narrativa, que descreve o acontecimento do Pentecostes, o Autor Sagrado, recorda que os discípulos se encontravam todos reunidos no mesmo lugar. Todavia, mais do que insistir sobre o lugar físico, os Actos dos apóstolos tencionam acentuar a atitude interior dos discípulos: “Todos, unidos pelo mesmo sentimento se entregavam assiduamente à oração. (Actos 1,14).
A concórdia dos discípulos é a condição para que venha o Espírito Santo; e a condição prévia da concórdia, é a oração.
Descerá sobre nós o Espírito Santo, porque os actos de Cristo pelos quais fomos salvos “mistérios”, que se realizaram há vinte séculos. É missão do Espírito Santo, tornar Cristo presente por sinais, a fim de que os homens sejam “contemporâneos” desses actos. A ação capaz de os perpetuar no hoje da Igreja, chama-se, sagrada Liturgia.
Os sinais utilizados na ação do Espírito Santo, são os sacramentos ou dons que recebemos no início da vida cristã social da Igreja: a água que purifica, que mata a sede, que é fonte de vida; o azeite, que nutre, cura, fortalece e embeleza, e que alimenta a chama; a mão que apoia, conforta e abençoa; o pão e o vinho que são alimento, que são, fonte de festa e de alegria, e que, pela ação do Espírito Santo, se tornam corpo e sangue do Senhor, ao mesmo tempo corpo eclesial.
Se quisermos que o Pentecostes não se reduza a um simples rito ou a uma comemoração até muito sugestiva, mas seja um acontecimento actual de salvação, temos de nos predispor em expectativa religiosa do dom de Deus, mediante a escuta humilde e silenciosa da sua palavra. “(Papa Bento XVI, homilia na Solenidade de Pentecostes, 31 de Maio de 2009)”.
O Espírito Santo ensina-nos, recorda-nos, e outra sua característica, faz-nos falar com Deus e com os homens. Não existem cristãos mudos, emudecidos de alma; não, não há lugar para isto, mas há mais: o Espírito Santo, leva-nos a falar aos homens na profecia, ou seja, transformando-nos em “canais “humildes e dóceis da Palavra de Deus. (Papa Francisco, homília na Solenidade de Pentecostes, 08 Junho de /2014).
A fé, é a arte inspiradora para a criação e execução de coisas boas e positivas na vida humana, porque na arte, está a geometria da arquitetura de Deus, porque os dons ou carismas, são infusos no homem que recebe e acredita, e ao criar em suas mãos um trabalho artístico e inato, seja qual for a sua estrutura, natureza ou dimensão, dignifica a sua capacidade pessoal, personalidade, empenho dedicado no aperfeiçoamento de um trabalho de sua criatividade e responsabilidade, inspirado e delineado na esfera espiritual do Divino Espírito Santo.
O dom maior de um artista plástico ou não, é a oportunidade de transmitir com relativa simplicidade as verdades divinas a todos os que não as conhecem ou então compreendem, que por meio da fé, são percetíveis ao crente, os sinais da ação criativa.
Neste contesto, a Geometria Sagrada, não estava apenas confinada a razões estéticas da criação, mas também fundamentalmente, a questões teológicas.
A ideia, expressa no livro bíblico dos Provérbios, de que Deus, colocara uma abóbada, por cima do abismo, levou alguns teólogos considerarem-no um matemático divino, porque a criação do mundo no qual, o Sol, a Lua e as estrelas, giravam em círculos perfeitos em redor da terra.
A Igreja, é o templo onde se ora a dignidade de louvor e de glória a Deus trino, para sempre.
Onde está a Igreja, aí está o Espírito de Deus; Onde está o Espírito de Deus, aí está a Igreja.
Jesus disse: “O Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e recordar-vos-á tudo o que Eu vos disse”.
O Espírito Santo fica, pois, na Igreja como mestre da Boa Nova que Cristo anunciou, “ensinar-vos-á, e recordar-vos-á”, significa, que, Ele garante a continuidade e identidade da mensagem de Cristo.
O Espírito Santo faz com que perdure sempre na Igreja a mesma verdade que os Apóstolos ouviram do seu Mestre. João Paulo II.
O culto ao Divino Espírito Santo, é prática comum às nove ilhas dos Açores, porque a fé na Terceira Pessoa da Santíssima Trindade é sagrada para o nosso povo, e serve de “âncora” nos momentos mais angustiantes.
Também, pelo Divino se faz a união do arquipélago, ilhas fundadas sobre os mares, porque a terra está cheia da ciência do Senhor, como refere o salmo (24-1,5)
Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e quantos nele habitam; Ele, fundou-a sobre os mares e a consolidou sobre as águas.
Quem poderá subir o monte do Senhor? Quem habitará no seu santuário? Aquele que tem as mãos limpas e o coração puro, que não invocou o seu nome em vão, nem jurou falso. Serão abençoados pelo Senhor, e recompensados por Deus nosso Salvador.
As Festas ao Divino Espírito Santo relevam, na sua essência a fraternidade e igualdade entre todos.
Os “bodos” reproduzem exatamente, o sentido do trabalho, da felicidade, da alegria e da fraterna partilha, na substância da distribuição de pão, carne e vinho, e todos os participantes nos festejos, são convidados à grande mesa da partilha, podendo comer a sopa do Divino Espírito Santo, a alcatra, o pão e beber o vinho de cheiro, cultivado e produzido na vinha do Senhor.
O bodo, muito mais do que uma utopia, é a celebração da esperança num mundo melhor que sempre de novo, o Espírito de Deus recria.
O homem de físico já cansado na qualidade de velho ilhéu, o seu alento espiritual de louvor, não deixa de cantar e engrandecer a divindade de Deus. A sua mente é alimentada de inspiração oratória improvisada, simples e humilde, pedindo ao divino Espírito Santo que todos sejam abençoados pela omnipotente trindade da sua palavra omnisciente.
Pensarem «Deus» é evocar a necessária e imprescindível relação que a Humanidade estabelece com o mundo, na sua total origem. «Deus» é o incompreensível, o imensurável, o infinitamente longínquo e inacessível do Mundo. «Deus» é a solicitação divina, na qual se projetam os desejos, as ambições e as probabilidades, «Deus» é a expressão pela qual, cada homem abre a possibilidade de descomedir-se, ou seja, «Deus» é o modo como, em cada expectativa, se pode superar a esperança fundada em promessas.
Neste sentido, e enquanto relação com o Mundo, é através de «Deus» que o Homem se humaniza e civiliza, que progride em direção a um ideal implicado no próprio conceito de Humanidade.
O Homem é mais humano porque existe Deus. Não se trata, de uma separação efetiva entre Deus e Homem justamente, «Deus» é uma criação humana, onde se opõem, as clássicas dicotomias divino/humano, céu/terra, religioso/profano.
Pelo contrário, «Deus» implica uma convergência em direção à confiança imprescindível no outro, confiança que tem no seu horizonte como fundamento e consequência, o tornar-se exemplo de Humanidade, de se exceder para «melhor» no sentido que o termo assume enquanto Potência.
A palavra «fé» contém de resto e na sua origem, esta potência do homem, porque ter fé, é ter confiança no outro, é acreditar que a Humanidade pode exceder-se sempre. Para os cristãos, Deus é expressão do Amor como aquilo que o outro tem de próprio e absolutamente único, aquilo que o leva a ser amado.
Que o Divino Espírito Santo a todos infunda o seu amor, e permaneça na sua Igreja a Boa Nova como Cristo anunciou, perdurando a mesma fé, crença e verdade, a transmitida pelo Divino Mestre, aos Apóstolos, dizendo: Sereis minhas testemunhas.

José Gaipo

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