“O principal desafio da União Europeia para os próximos tempos é a crise climática”, alertou Aurora Ribeiro, candidata dos Açores pelo Bloco ao Parlamento Europeu, na apresentação do programa eleitoral.
António Lima, coordenador do Bloco nos Açores, diz que “Aurora Ribeiro é a candidata certa para, nestas eleições, defender uma Europa ecológica, mais justa, solidária, feminista e aberta ao mundo” e ao mesmo tempo “defender políticas que protejam os Açores enquanto Região Ultraperiférica (RUP)”.
Aurora Ribeiro lamenta que o combate às alterações climáticas seja sempre relegado para segundo plano perante outras crises que vão surgindo, e diz que o próximo mandato do Parlamento Europeu será crucial para que se consigam atingir as metas climáticas definidas até 2030.
Nesta luta contra as alterações climáticas, os Açores podem ter um papel muito importante, porque têm excelentes condições para a investigação científica nesta área e para a implementação de projectos piloto de energias renováveis.
Aurora Ribeiro salientou também a importância e a justiça das políticas de coesão e dos apoios específicos para as RUP: “Estes apoios não são caridade, são uma questão de justiça – porque estamos afastados dos centros de decisão e dos centros comerciais – mas também um investimento porque as RUP têm um papel muito importante nos desafios que a União Europeia enfrenta”.
Estas políticas dirigidas às RUP têm que contribuir para melhorar os indicadores sociais dos Açores, como o elevado abandono escolar, os níveis de pobreza, o baixo nível de formação e de qualificações, mas também para melhorar o Serviço Regional de Saúde. “Estas são questões que nos preocupam”, afirmou a candidata dos Açores na lista do Bloco ao Parlamento Europeu. Aurora Ribeiro destacou ainda o apoio à mobilidade como um dos assuntos em que a União Europeia deve ter uma atenção especial para com as RUP, defendendo aquilo a que tem sido chamado de POSEI Transportes, como forma de dar resposta aos custos acrescidos nesta área. O Bloco defende também que haja uma derrogação para a SATA para permitir a injecção de capital público na companhia tendo em conta as suas características e o mercado específico em que se insere. O Bloco defende a implementação de políticas que permitam uma transição ecológica, ligada à defesa do ambiente, mas que proteja sempre os rendimentos dos produtores agrícolas e dos pescadores.