Independentemente de se concordar ou não com tudo o que tem vindo a defender neste período de campanha eleitoral para as eleições de 9 de junho do Parlamento Europeu, João Oliveira, cabeça de lista da CDU, tem-se revelado de forma destacada como um candidato incontornável enquanto patriota e defensor dos interesses de Portugal e dos Portugueses face às instituições da UE. Nos debates televisivos contrastou de forma marcante e convincente com as posições dos restantes opositores, caracterizadas em geral pela aceitação e até defesa da submissão portuguesa aos interesses políticos de Bruxelas e das suas políticas hoje dominantes, mesmo quando menorizam o interesse nacional, da nossa economia ou da maioria dos nossos cidadãos.
Foi o único candidato que não aderiu às proclamações de partidos como o PSD, o PS ou o CDS, a que se juntaram a IL, o Chega e até o PAN, do militarismo e do investimento na guerra pela União Europeia. Foi o único candidato que pôs o dedo na ferida das consequências da política neoliberal dominante na UE que tem vindo a liquidar sem alternativa o aparelho produtivo português e causado profundas desigualdades e injustiças, caldo de cultura do nascimento e fortalecimento da extrema-direita. Foi o único candidato que abordou a Europa muito para além da União Europeia e que considerou fundamental, junto com as liberdades, investir na garantia dos direitos e igualdade entre todos os cidadãos (imigrantes incluídos), tanto na Europa como no Mundo, em lugar de estimular a sua divisão xenófoba e discriminatória.
Vale a pena destacar aqui, algumas das suas importantes posições:
- “…Há uma sã convivência da União Europeia (dos seus principais dirigentes e instituições) com a extrema-direita. Veja-se a Hungria, Itália ou as relações com outros partidos da extrema-direita. É que a extrema-direita não põe em causa nem o militarismo nem o neoliberalismo…”
- “…É preciso pôr fim à guerra. Tivemos declarações de um chefe militar português que apontou à nossa juventude o futuro de ir morrer sabe-se lá onde, em nome das guerras da NATO. Nós recusamos inteiramente esse caminho. Aliás, digo até de forma mais evidente, os votos dos deputados da CDU servirão para combater esse caminho de militarização da União Europeia, de corrida aos armamentos. O que era preciso era gastar mais dinheiro em Paz…”
-“…A discussão sobre os assuntos da União Europeia entre o PS e o PSD é uma discussão estéril porque os seus deputados quando lá chegam votam todos da mesma maneira. O PSD aprova a redução dos fundos para Portugal, como é que quer aumentar os apoios à habitação? Porque subscrevem diretivas da União Europeia sobre o nivelamento por baixo, do salário mínimo? - “…É preciso que o país se prepare para se libertar do euro, mas enquanto isso não acontecer há muita coisa para fazer. No Parlamento Europeu foi graças ao PCP que a presidente do Banco Central Europeu foi obrigada a ir lá explicar-se sobre o impacto negativo dos aumentos das taxas de juro nas possibilidades de acesso à habitação e a degradação das condições de vida…”
-“…A censura e a desinformação não se combatem com limitações à liberdade de expressão mas com o aprofundamento da democracia. As desigualdades no acesso à educação e cultura tornam os cidadãos indefesos à manipulação informativa e à desinformação tão usados pela extrema-direita…”
Mário Abrantes