Há muitos anos, ouvia o Dr. Jorge Homem de Gouveia dizer vezes sem conta que ser-se professor era uma profissão nobre. O futuro da sociedade passava pelas mãos dos professores, dos conhecimentos e informações que possuíam para passar para os jovens das novas gerações. Lembro-me também de muitos professores e professoras que tive e dos seus cuidados para que fizessem de mim um melhor cidadão, com todos os atropelos e idiossincrasias costumeiros da juventude. Alguns professores mudaram a minha vida para melhor, mesmo para escolher o que não queria ser.
Isto para dizer que educar/ensinar é um ato de grande generosidade e que exige muito de quem o pratica. Há professores que são heróis num mundo em chamas e os jovens necessitam de referências desde muito cedo. E se a referência não está na família, na comunidade, só lhes resta a escola.
Há muitos jovens que chegam à idade adulta sem escolaridade relevante, então é necessário cuidar desses homens e mulheres e dar-lhes a respetiva oportunidade de, num registo e ritmo diferenciado, prosseguirem os seus estudos e elevarem os seus padrões de vida. E, neste sentido, raramente se fala da Rede Valorizar de forma genuinamente positiva e do seu papel de elevador e catalisador social. Em certos meios é injustamente desvalorizada.
Ora, é devido ao seu mentor, Acir Meirelles, e às metodologias ali praticadas, que a Rede Valorizar tem o sucesso que merece. Durante aproximadamente três anos foi um local de trabalho de que me orgulho muito!
Luís Soares Almeida*
*Professor de Português
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