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Três eurodeputados açorianos prometem defender a Região no Parlamento Europeu

A Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) foi o partido mais votado nos Açores nas eleições europeias de Domingo, com 38,38% dos votos.
O PS, com 32,32%, foi o segundo mais votado, não acompanhando a vitória do partido a nível nacional, e o Chega, com 8,06%, ficou em terceiro.
A Iniciativa Liberal, que elegeu a deputada açoriana, triplicou a sua votação nos Açores.
Os eurodeputados eleitos foram Paulo Nascimento Cabral, sétimo na lista da AD, André Franqueira Rodrigues, eleito pelo PS, na posição 5ª nacional, e Ana Vasconcelos Martins, eleita pela Iniciativa Liberal na posição 2ª nacional.
O Presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, afirmou que a vitória da AD–Aliança Democrática nas eleições europeias na Região “confirma o percurso” da Coligação PSD/CDS/PPM no arquipélago, tendo manifestado “alegria” pela eleição de Paulo do Nascimento Cabral.
“Este acto eleitoral aponta que o ano de 2024, com uma candidatura liderada pelo PSD, tem nos Açores a terceira vitória consecutiva, o que é revelador. Este projecto político, que integra o CDS-PP e o PPM, dá provas que [a Coligação] interpreta bem o sentimento, a vontade, a ambição e corresponde às necessidades dos açorianos”, afirmou.
Por outro lado, José Manuel Bolieiro assume igualmente “uma responsabilidade de assumir as vestes da açorianidade, o desenvolvimento dos Açores e de todas as nossas ilhas, de todas as nossas freguesias e municípios”, declarou.
O líder social-democrata destacou assim a vitória da AD – Aliança Democrática nos Açores “em 14 dos 19 concelhos do arquipélago, em sete das nove ilhas e 104 de 155 freguesias”, tendo conduzido à eleição do candidato açoriano ao Parlamento Europeu, Paulo do Nascimento Cabral.
José Manuel Bolieiro ressaltou que a vitória nas eleições europeias nos Açores confirma a inversão do “diferencial negativo” em termos de resultados que havia face ao PS no passado no arquipélago.
“Invertemos esse diferencial negativo e ganhamos agora eleições. Isso significa uma confirmação de consistência do nosso trabalho”, disse.
Segundo o Presidente do PSD/Açores, “este nível de confiança não pode ser outro senão servir com mais empenho, com mais vigor, com mais determinação, reivindicando mais meios para o nosso desenvolvimento e para o nosso progresso”.
José Manuel Bolieiro considerou, assim, tratar-se de “um magnífico resultado”, em que a melhor candidatura era representada por Paulo do Nascimento Cabral, “num processo de naturalidade de percurso, do seu conhecimento, sua competência, a sua capacidade de dedicação ao trabalho e lealdade”.
O líder social-democrata reforçou que, “apesar do lugar atribuído”, a seu ver “elegível, não era aquele que correspondia à dignidade a uma posição dos Açores numa lista da AD – Aliança Democrática, ou mesmo, da qualidade política do agora eurodeputado Paulo do Nascimento Cabral”.
José Manuel Bolieiro agradeceu ao deputado eleito “ter aceitado o encargo” de defender os Açores, entre 2024 e 2029, no Parlamento Europeu, saudando os outros dois parlamentares açorianos eleitos, a quem apela a “uma articulação na defesa de melhores estratégias”.
O Presidente do PSD/Açores delegou igualmente em Paulo do Nascimento Cabral uma intervenção em prol da Região Autónoma da Madeira, que não elegeu representantes na lista da AD – Aliança Democrática ao Parlamento Europeu.
Por fim, Bolieiro agradeceu “à ‘Missão Açores’ no Parlamento Europeu que, nos últimos cinco anos cumpriu, como pedimos, um trabalho de excelência a favor das causas da Região, designadamente a Cláudia Martins, pela sua dedicação”.
“Paulo do Nascimento Cabral não procurava um cargo, mas um encargo de servir os Açores e os açorianos. Que a sagacidade e competência da sua afirmação pessoal e política, em todas as instâncias da União Europeia, sejam bem realizadas”, finalizou.
O eurodeputado eleito pela AD – Aliança Democrática, Paulo do Nascimento Cabral, no discurso de vitória eleitoral, agradeceu “a confiança de todos os que acreditaram neste projecto de continuidade, numa caminhada que se iniciou há 15 anos” em diferentes funções nas instâncias europeias.
Para Paulo do Nascimento Cabral, “o percurso permitiu-me tomar conhecimento do trabalho das instituições europeias e perceber quais as dificuldades, reivindicações, mas também potencialidades, porque os Açores acrescentam muito à União Europeia e ao projecto europeu”.
O parlamentar eleito expressou a sua “gratidão por tudo o que aprendeu, pelas pessoas” que foi conhecendo, numa “campanha muito gratificante, pela generosidade” que sentiu em cada uma das ilhas do arquipélago e “motivadora”.
“A AD – Aliança Democrática está habituada a momentos difíceis, mas este processo eleitoral acaba por ter mais valor e tem um melhor sabor”, admitiu Paulo do Nascimento Cabral.
Por seu turno, o líder do PS-Açores, Vasco Cordeiro, congratulou-se com a eleição de André Rodrigues, que, segundo afirmou, “dá garantias de que os Açores têm um eurodeputado capaz e proactivo na defesa dos interesses dos açorianos e dos Açores no Parlamento Europeu”.
Reconheceu que o resultado das eleições nos Açores não foi o que o PS pretendia, preferindo sublinhar o dia histórico que é opara os Açores terem três deputados açorianos no Parlamento Europeu, “um excelente augúrio para a importância dos ‘combates’ que têm a ver por exemplo com o Quadro Financeiro Plurianual, com o alargamento da União Europa e o que poderá significar para regiões como os Açores e o futuro da política de coesão”.
Por sua vez, o deputado eleito André Rodrigues, sublinhou que o “PS não deixará de trabalhar com todos, cá nos Açores e fora dos Açores, para defender os Açores, naqueles que são os desafios muito importantes que temos nos próximos cinco anos no Parlamento Europeu”.
A deputada açoriana da Iniciativa Liberal, Ana Martins, eleita no Domingo, reconheceu as dificuldades da campanha, mas adiantou que é “uma grande honra”, representar a Região no Parlamento Europeu, prometendo ser “uma voz activa” em defesa das causas dos Açores.

Gráficos de Rafael Cota
para Diário dos Açores

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