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A mancha laranja continua a inundar os Açores…

“Mas a propaganda continua e as forças partidárias na oposição querem ser como varinha mágica na obtenção dum bem que, quando eram poder não conseguiram;”

Desde que a Oposição se uniu em Dezembro de 2023 para derrubar o Governo da Aliança Democrática, os Açores hibernaram em muitas frentes, sobretudo nos campos económico/social que abrangem e comprometem a vida «com saúde» da nossa Região.
Como tanto se apregoa – um regime democrático é sempre capaz de encontrar novos rumos, novas lideranças para benefício das populações, mas isso não tem acontecido e, como região-ultraperiférica, cada vez nos tornamos mais dependentes, mais endividados; contudo, alguns dos «maiorais» da política ainda não entenderam isso …
… andamos sem rumo em eleição sobre eleição, constituição de novo governo, novos gabinetes, novos programas para aprovar e os meses passam, a máquina administrativa entra em regime duodécimos.
E, por que dependemos dos dinheiros da Europa – agora com milhões acumulados para gastar em prazos rígidos – é fazer novas contas à vida, mas com rapidez, pois tudo pode «fugir» da nossa esfera de acção e os Açores e o seu povo é que perdem!
Esse é o cenário que tenho visto passar através dos vidros da minha janela, por aquilo que leio, ouço e também reflicto; e, também olhos nos olhos, ao fixar os meus netos, os seus e meus amigos…
Interrogo-me também do que se passa com os que me rodeiam, dos «mais» que idosos (como eu), muitos a procurar quem os acolha, pois, a reforma nem sempre dá e os lares têm listas de espera.
Mas a propaganda continua e as forças partidárias na oposição querem ser como varinha mágica na obtenção dum bem que, quando eram poder não conseguiram; e, numa permanente aventura de procura de vitória, arriscam, impõem novas eleições, mas por aqui – ainda bem tudo se confirma – a onda laranja continua a dominar as ilhas, os concelhos, as freguesias e povo reclama: «Deixem -os trabalhar»!
Os 50 anos da comemoração da Revolução do 25 de Abril e de igual data que assinalará o PSD- A como Partido – a quem se deve a implantação e consolidação da Regime Autonómico – andaram de mãos dadas nessas celebrações e os antigos e actuais lideres regionais discutiram em históricas mesas-redondas o percurso que cada um seguiu e continua a seguir para os AÇORES continuarem livres e democráticos, não escondendo duas realidades que intervieram nesse processo – o 25 de Novembro, no País e o 6 de Junho, nos Açores!
Nessa altura, de malas arrumadas, deixei Lisboa e regressei a Ponta Delgada para iniciar funções no quadro da Inspecção de Ensino, a nível nacional – um cargo que havia sido criado no último Governo do Professor Doutor Marcelo Caetano, incluído na Reforma de Ensino promulgada pelo Ministro Veiga Simão, vivendo o ambiente de luta que por aqui se desenrolava.
Nesse roteiro pedagógico/administrativo e também politico, a avaliação que faço é que sem maiorias não conseguiríamos alcançar os bens essenciais que não tínhamos: portos, aeroportos, hospitais como o do Divino Espírito Santo, escolas primárias, preparatórias, secundárias, acessibilidades, desenvolvimento industrial e comercial, enfim criarmos um estatuto de autonomia progressiva que o Partido Socialista depois reajustou e continuou a governar por outros tanto anos.
Mas uma nova «primavera» social – democrata surgiu com a eleição do Presidente José Manuel Boleeiro, integrando a Aliança Democrática, que nasceu numa «era» diferente das anteriores, porquanto o pluripartidarismo parlamentar passou a ter novos e difíceis contornos, pois pressupõe entendimento democrático e, com determinação, o povo continua a afirmar em actos eleitorais que quer que esse Governo continue, dê seguimento ao Plano de Actividades, já duplamente referendado, bem como o Orçamento.
O que sucedeu com o trágico incêndio registado no Hospital de Ponta Delgada, considerado como hospital regional, deve fazer-nos reflectir até por que estamos num momento que foi declarado de CALAMIDADE!
A partir de então, Governo precisa de pareceres leais e fundamentados para serem apreciados pelas comissões que estão a estudar, o «novo» ou o «renovado» hospital; e, também que cada Ordem discuta em sede própria e não em artigos de opinião nos jornais, que não são entendidos pelas maiorias e por vezes só confundem.
O título que dei a esse artigo de opinião não era completamente abrangente se não referisse o acto cívico/ partidário que elegeu três deputados dos Açores ao Parlamento Europeu, porquanto nossa Região soube responder ao apelo ao voto no momento que dependemos quase exclusivamente da União Europeia e, de mãos-dadas como Governo Central, convergirmos para novos caminhos de progresso e de sobrevivência nos planos nacional e mundial.
Felizmente que conseguimos eleger o deputado que fazia falta ao conjunto das vozes, plenas de juventude, na pessoa do Dr. Paulo Nascimento Cabral; e, depois de tantos suores, esperámos que numa próxima, o nosso primeiro-ministro reconsidere e dê prioridade aos candidatos das regiões autónomas, no conjunto na lista do partido, como tem sido feito pelo partido Socialista e agora aconteceu, pela primeira vez com a Iniciativa Liberal.
Na edição da passada 4ª feira, no «seu» – Diário Inconveniente – o jornalista Osvaldo Cabral abordou o «Efeito Bolieiro» e refere «que os resultados eleitorais começam a ser evidentes e que o eleitorado gosta do feitio apaziguador do líder regional do PSD e vai aderindo, paulatinamente, à sua forma serena de governar e já se habituou às sua intervenções politicamente nada espalhafatosas» .
Agora, cabe à Coligação assegurar essa marca governativa do Presidente Boleeiro!
Aliás, a forma como o incêndio do Hospital de Ponta Delgada tem sido por ele assumido é prova da segurança governativa que lhe reconhecem, a que também queria juntar a figura da Secretária Regional da Saúde, do Conselho de Administração, todos em equipa, com pessoal médico, de enfermagem e todos os trabalhadores que asseguram a saúde dos doentes, sempre com sinais de esperança.
Recordo que se deve aos governos liderados pelo PSD a construção do Hospital do «Divino Espírito Santo», ao tempo com a marca de «obra de Estado».
Deixem-nos governar!

Rubens Pavão

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