O Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, foi ontem recebido em audiência, em Oeiras, pelo Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), General José Nunes da Fonseca, valorizando o trabalho das Forças Armadas e procurando, junto do responsável, desenvolver novas sinergias em áreas como exercícios de prevenção ou ações que potenciem a “dimensão marítima e espacial” dos Açores.
A reunião em Oeiras decorreu no dia seguinte à Reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional, tida no Palácio de Belém sob a liderança do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
“Os açorianos são portugueses de coração e identidade e têm uma grande consideração pelas Forças Armadas”, declarou José Manuel Bolieiro ao CEMGFA.
O Presidente do Governo reiterou ainda elogios pelas várias ações das Forças Armadas nos Açores, seja nos cenários mais recorrentes, como o de resgates e salvamentos e evacuações médicas, ou em cenários como a crise sismo-vulcânica recente em São Jorge ou a instalação de um hospital de campanha na ilha do Corvo.
O General José Nunes da Fonseca nasceu em Mafra, em 1961, e ingressou na Academia Militar em 1979.
Em outubro de 2018 foi nomeado Chefe do Estado-Maior do Exército, cargo que desempenhou até à sua nomeação para o cargo de Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas em 01 de março de 2023.
Da sua folha de serviços constam 25 louvores nacionais e três de entidades estrangeiras.
Urgente cabo submarino
O Vice-Presidente do Governo Regional dos Açores, Artur Lima, alertou na segunda-feira, em Ponta Delgada, para a urgência na substituição dos cabos submarinos interilhas, reiterando a necessidade de ser constituído um grupo de trabalho para avançar com o processo.
“É muito importante o novo cabo submarino interilhas. É muito urgente que seja feito. Por isso, já enviei ao senhor Ministro das Infraestruturas uma carta a solicitar a criação de um grupo de trabalho conjunto, com a ANACOM, os Governos da República e Governo Regional, para com darmos início a esse processo”, realçou.
E continuou: “é urgentíssimo o anel interilhas e, sobretudo, o seu financiamento”.
A 9 de maio, o Vice-Presidente do Governo remeteu uma carta ao Governo da República a solicitar a “criação urgente” de um grupo de trabalho para “analisar a solução técnica mais adequada para a substituição célere dos cabos submarinos interilhas”.
Recorde-se que o Governo Regional continua a aguardar resposta à missiva, tendo Artur Lima assegurado que “em breve” terá uma reunião presencial com o Ministro das Infraestruturas.