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Os cinco pisos da ala nascente do HDES já estão reabertos e acolhem 76 doentes

Os cinco pisos da ala nascente do Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, foram reabertos e já acolhem 76 pacientes que se encontravam distribuídos por outras instituições da ilha de São Miguel.
“Esta semana é um marco muito importante para o HDES, até com muitas notas de emoção, quer por parte dos profissionais, quer por parte dos utentes e familiares. A 4 de maio não conseguíamos vislumbrar a linha do tempo. Conseguir reativar a ala nascente é de fulcral importância para o hospital”, afirmou aos jornalistas a diretora clínica do HDES, Paula Macedo.
Terminou na quarta-feira a transferência de doentes que foram deslocados para outras seis instituições na ilha de São Miguel (como unidades de saúde, casas de saúde ou o posto médico no pavilhão Carlos Silveira), na sequência do incêndio de 4 de maio no HDES.
Na segunda-feira voltaram ao hospital de Ponta Delgada 13 pacientes e quarta-feira foram transferidos mais 63.
Além de acolher aqueles utentes, a abertura da ala nascente, tendo 199 camas numa “primeira fase”, vai permitir também acorrer às necessidades urgentes, segundo Paula Macedo.
“Os doentes que irão ser transferidos para esta ala nascente já é por gestão diária e corrente dos doentes que vão afluindo ao serviço de urgência”, sinalizou.

Sem data para
abertura total

Paula Macedo e a restante administração do HDES acompanharam a visita do presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, à ala nascente do edifício.
O líder regional destacou a importância de “garantir, sem precipitação e com máxima segurança, as condições indicadas” para a “retoma progressiva” do HDES.
“Isso reduz bastante a dispersão de meios que tem provocado a exaustão dos profissionais, alguma ansiedade dos familiares, apesar da tranquilidade dos doentes”, afirmou Bolieiro, a propósito da reabertura parcial do HDES.
Quando questionado sobre uma perspetiva para a abertura total do maior hospital dos Açores, que vai sofrer obras estruturais, o presidente do Governo Regional disse querer que tal aconteça o “mais depressa possível”, não se comprometendo com datas, mas prometendo uma solução para “no mínimo duas décadas”.
“Eu prefiro fazer bem e com ambição no quadro de um hospital digital nesta estrutura de relevância nacional e europeia num hospital com capacidades aqui no atlântico norte”, reiterou.

Hospital modelar vai aumentar capacitação

Bolieiro realçou ainda que o hospital modular que está a ser construído nas imediações do HDES vai “aumentar a capacitação dos serviços” de saúde na região, mesmo tratando-se de uma “situação transitória”.
O incêndio que deflagrou em 4 de maio no hospital de Ponta Delgada, cujos prejuízos estão estimados em 24 milhões de euros, obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para vários locais dos Açores, Madeira e continente.
O Governo dos Açores confirmou que o hospital modular vai estar a funcionar em agosto.

PSD elogia
hospital modular

A vice-presidente do grupo parlamentar do PSD/Açores Délia Melo afirmou que o projeto do hospital modular, apresentado quarta-feira, vem “reforçar a confiança” na solução técnica encontrada para fazer face à situação resultante do incêndio no Hospital Divino Espírito Santo (HDES).
Délia Melo, que falava aos jornalistas à margem da apresentação do projeto do hospital modular, felicitou “toda a equipa que está empenhada em encontrar uma resposta com a maior rapidez possível para este caso, atendendo às especificidades da situação”.
A deputada do PSD/Açores sublinhou que “a solução partiu de uma equipa de profissionais que trabalha diariamente na área da Saúde”, constituindo uma opção que, “embora transitória, é de alta qualidade”.
“Saímos daqui bem confiantes e satisfeitos com o que está planeado e estará em funcionamento a breve trecho, colmatando as necessidades que se verificam atualmente”, afirmou.

Chega não quer situação
provisória para definitiva

O líder parlamentar do Chega, José Pacheco, alertou para o facto de uma situação provisória “nunca poder tornar-se definitiva”, sendo que esse foi um compromisso assumido pelo Governo Regional, referindo-se ao hospital modelar.
O Chega vai assumir “esse trabalho fiscalizador”, garantindo que em finais de Agosto irá visitar a obra para perceber se foramcumpridas as metas estabelecidas.
José Pacheco recordou que no âmbito de uma visita ao HDES há cerca de dois anos, já tinham sido denunciados muitos problemas, “que agora se veio a constatar que afinal tinham mesmo de ser solucionados”, alertando que o hospital modular tem de ser efectivamente uma solução provisória até se avançar com a requalificação e remodelação do HDES. “Não podemos ter um pavilhão degradado ao fim de 20 anos e manter a requalificação do Hospital por fazer”, alertou o parlamentar.
“A nossa função é fiscalizar e é importante que as pessoas percebam que o que aconteceu no HDES foi um sinal de alarme que é para levar muito a sério”, pois numa Região vulcânica como os Açores, há que ter capacidade para deslocar serviços, nomeadamente a estrutura que agora começa a ser montada, para dar apoio a outra ilha se necessário. “Há o compromisso do Governo Regional para isso e o Chega vai estar muito vigilante no seu papel fiscalizador, para ver se isso acontece mesmo”, explicou José Pacheco à comunicação social.


CDS satisfeito com hospital
modular

O deputado do CDS-PP, Pedro Pinto, adiantou aos órgãos de comunicação social que “a nova estrutura dará resposta àquelas que são as necessidades imediatas, fazendo regressar ao perímetro do Hospital todos os serviços que, de momento, se encontram espalhadas pelas várias Unidades de Saúde na ilha de São Miguel”.
Afirmou ainda que “procedendo a essa concentração no mesmo recinto, vai ser possível optimizar o serviço prestado aos utentes, na medida em que os profissionais regressarão à casa mãe”, destacando que “de momento estão condicionados pela distância e pela separação dos diversos serviços”,concluindo que “um hospital não funciona com serviços individuais, há sim uma cooperação natural entre os diversos serviços e essa é a sua essência”.
O parlamentar garantiu que apesar da separação dos serviços “os cuidados médicos e cuidados clínicos estão a ser assegurados ao mais alto nível, quer pelas Unidades de Saúde de Ilha, quer pelas Unidades de Saúde privadas”, destacando o papel fundamental dos profissionais de saúde.
Relativamente à funcionalidade do Hospital Modular, o deputado do CDS-PP evidenciou que a mesma “além de permitir o regresso, permitirá simultaneamente a reconstrução e requalificação do atual edifício do HDES”.
“À medida que os serviços forem regressando ao edifico original, novas valências serão reacomodadas na estrutura modular, de forma a reconverter o hospital de acordo com os atuais padrões de exigência que atualmente se aplicam na área da medicina”.
Em conclusão, Pedro Pinto afirmou que “a solução encontrada foi a melhor solução, porque é a que os técnicos e profissionais de saúde defenderam e propuseram”, referindo que “não houve uma decisão política a impor-se àquilo que são as decisões técnicas, houve sim uma audição daquelas que são as necessidades de apoio e de prestação de cuidados de saúde aos utentes, conclui nota do partido.

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