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Rede de tráfico de droga que passava pelos Açores utilizava “bruxaria”

A rede de tráfico de droga que utilizava veleiros para transportar cocaína entre a América do Sul e a Europa, passando pelos Açores como rota e base logística, e que foi desmantelada numa operação que contou com a participação da Polícia Judiciária (PJ), contratava ‘santeros’ (bruxos) para assegurar o sucesso das operações.
A revelação consta das conclusões das investigações conjuntas das autoridades espanholas e norueguesas sobre o caso, segundo avança o Correio da Manhã.
A investigação, realizada em conjunto pela Espanha e Noruega, identificou o líder da rede como um iraniano naturalizado norueguês, auxiliado por um albanês com passaporte espanhol. A organização criminosa mantinha ligações com a máfia dos Balcãs, ampliando a sua rede de influências e operações.
A operação internacional de combate ao tráfico de droga, denominada “Mentor”, levou à detenção de 50 suspeitos em 11 países, incluindo dois residentes nos Açores e um na região de Lisboa, conforme anunciou na sexta-feira a Polícia Judiciária (PJ).
A operação foi coordenada simultaneamente em 11 países, resultando na realização de 47 buscas domiciliárias. A PJ destacou que esta ação permitiu “desarticular uma organização criminosa com ligações à região dos Balcãs”. A operação visava especificamente o tráfico de estupefacientes por via marítima, utilizando embarcações de recreio.
Liderada pelas autoridades policiais de Espanha (Polícia Nacional) e da Noruega, a operação contou com a participação ativa da PJ através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes e do Departamento de Investigação Criminal dos Açores.
Em território nacional, foram detidos três homens. Dois deles, cidadãos estrangeiros residentes nos Açores, têm 55 e 37 anos, enquanto o terceiro, um português na região de Lisboa, tem 42 anos. As detenções foram efetuadas no cumprimento de mandados de detenção europeus emitidos pelas autoridades espanholas.
A investigação recebeu o apoio da Europol, da Drug Enforcement Administration (DEA) dos Estados Unidos, e da National Crime Agency do Reino Unido. Estes esforços conjuntos sublinham a magnitude e a complexidade da operação, que envolveu múltiplas jurisdições e agências de aplicação da lei.
De acordo com o comunicado da PJ, os três detidos em território nacional foram presentes ao Tribunal da Relação de Lisboa, que decidiu manter as detenções dos arguidos residentes nos Açores. Para o arguido detido em Lisboa, foi aplicada a medida de coação de apresentações periódicas.

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