Em reunião de apresentação do novo Conselho de Administração (CA) do Grupo SATA, o SINTAC (Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil) apresentou novamente as reivindicações dos seus associados, nomeadamente no que diz respeito à atualização salarial de todas as carreiras do Grupo, com valores em linha com o que já foi negociado com as estruturas sindicais para os trabalhadores de voo, anunciou ontem o sindicato.
A Greve ao trabalho suplementar, já marcada antes da nomeação deste CA, “resulta da incapacidade negocial do anterior CA e da injustiça criada com a disparidade de aumentos salariais entre os trabalhadores de terra e os de voo, da SATA”.
Actualização salarial
para todas as carreiras
Segundo o sindicato, a SATA não se aproximou, até hoje, da proposta do SINTAC, nem parece interessada em mitigar os problemas da desigualdade salarial criados por si, alegando que precisa de paz social para trabalhar, mas fazendo o caminho contrário, promovendo a desigualdade e a parcialidade negocial.
“Espera-se que o atual CA perceba, a tempo, que tem de adotar uma gestão justa das relações laborais, que perceba que os bons resultados laborais só existem se existir paz social e que a paz só existe quando há igualdade de tratamento”, sublinha o sindicato.
“Neste momento, o que encontramos por parte da Empresa é uma clara tentativa de divisão dos trabalhadores de terra, explorando o medo e a incerteza. Com medidas extemporâneas, sem a necessária ponderação, de cunho autoritário, não vão resolver nenhum problema, antes os vão agudizar, como já se começa a perceber pela Comunicação Social e nos discursos dos Agentes Políticos”, prossegue.
Greve a tempo inteiro
“Os trabalhadores de terra não são menos necessários e nem merecem tratamento inferior aos outros! O SINTAC não pretende mais que uma atualização salarial de todas as carreiras (no vencimento base), justa e honesta, para todos os trabalhadores, que reconheça o enorme esforço que é feito todos os dias e sem o qual a SATA não existiria”, avança.
Assim, o SINTAC convocou para o dia 24 de julho o início de greve ao trabalho suplementar, “mas face à negligência dos negociadores da SATA, certamente mandatados pelo CA, já está a planear uma greve com maiores impactos, de vários dias a tempo inteiro, durante agosto e setembro”.