O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) mantém a greve nacional marcada para hoje, alegando que a classe tem “razões acrescidas” para aderir à paralisação depois da ronda negocial com o Ministério da Saúde.
“A proposta [apresentada pelo Governo] continua a ser inadmissível, intolerável e, por isso, os enfermeiros terão razões acrescidas para manifestar a sua fortíssima indignação com a greve do dia 2 de Agosto”, afirmou aos jornalistas o Presidente do SEP no final da reunião com o ministério de Ana Paula Martins.
Segundo José Carlos Martins, o Ministério da Saúde propôs, na grelha salarial da categoria de enfermeiro, um aumento de 52 euros para todas as posições remuneratórias.
Além disso, nas grelhas salariais de enfermeiro-especialista e enfermeiro-gestor, o “Governo propõe não alterar grelha nenhuma”, afirmou o dirigente sindical, adiantando que a proposta prevê, porém, que os enfermeiros que estão hoje nessas categorias possam dar um “salto de uma posição remuneratória”.
Essa proposta implica que, para “quem entrar no futuro, o valor económico do trabalho dos enfermeiros especialistas e chefes se mantém exatamente igual ao que hoje temos”, lamentou o presidente do SEP.
No caso dos Açores, segundo o representante sindical regional, Francisco Branco, os enfermeiros açorianos, além dos motivos que decorrem das negociações com a Ministra da Saúde, têm motivos acrescidos para aderirem à greve convocada para hoje, entre as 08:00 e as 24:00 horas.
“Decorrido 1 mês após publicação do Orçamento RAA, obGoverno Regional, na pessoa da Secretária da Saúde e Segurança Social, continua a não agendar reunião com o SEP-Açores, para analisar/pagar a dívida do Serviço Regional de Saúde para com os enfermeiros da Região”, acusa o Sindicato.