O ministro da Educação adiantou, ontem, que a proposta para a criação de um apoio a professores deslocados foi alargada a todos os colocados em escolas onde faltam mais docentes, independentemente da disciplina. Para além disso, o valor desse apoio poderá ir até aos 450 euros.
A nova proposta apresentada aos sindicatos, representa uma revisão do que já tinha sido anunciado anteriormente. Em declarações aos jornalistas no final da reunião negocial, que decorreu ontem, o ministro da Educação explicou que o valor do apoio foi actualizado.
No caso de os professores serem colocados a mais de 70 quilómetros de casa, e em escolas com escassez de docentes, estes podem receber a partir de 150 euros.
Em relação aos docentes que sejam colocados a mais de 200 quilómetros, este mesmo apoio passará para 300 euros, podendo anda subir para os 450 euros, caso estejam a mais de 300 quilómetros de casa.
Na proposta anterior, o Governo previa dar um apoio aos docentes entre 75 a 300 euros.
Na nova proposta, prevê-se também que o apoio seja alargados a todos os docentes deslocados que estejam numa escola com carência de professores, independentemente da disciplina que leccionam.
O Governo espera agora que as organizações sindicais enviem uma contra-proposta até o dia de hoje. O ministro da Educação, Fernando Alexandre, espera que as novas medidas possam ser aprovadas pelo Conselho de Ministros amanhã.
“Houve uma aproximação às manifestações dos sindicatos e acreditamos que é mais um passo, não para resolver um problema que é estrutural e que levará o seu tempo a resolver, mas permitirá tornar mais atractivas as posições que vamos abrir”, sublinhou o ministro.
O governo e os sindicatos vão iniciar uma nova ronda de negociações sobre o estatuto da carreira docente, marcada para 21 de Outubro.