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Mais de 50 mil famílias açorianas poderão beneficiar – Nova queda da prestação da casa a partir deste mês

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses voltaram a descer, o que constitui uma boa notícia para quem possui crédito à habitação, e que são muitas famílias nos Açores.
Calcula-se que mais de 50 mil famílias açorianas sejam titulares de crédito à habitação.
De acordo com os dados disponíveis, o saldo dos empréstimos concedidos a particulares nos Açores situou-se em 3.301,3 milhões de euros no final do segundo trimestre, mais 18,5 milhões que o observado no trimestre homólogo.
O montante do crédito malparado neste sector (particulares) atingiu 20,1 milhões de euros no final do trimestre (menos 4,8 milhões de euros do que no trimestre homólogo).
Deste montante de empréstimos, não existem dados relativos a este ano sobre o crédito concedido para habitação, mas no ano passado atingia uma média de 2,2 milhões de euros por trimestre.

A descida das 3 taxas

Com as alterações das taxas de juro ocorridas ontem, a taxa a três meses, que desceu para 3,449%, permanece acima da taxa a seis meses (3,307%) e da taxa a 12 meses (2,986%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro de 2023, baixou para 3,307%, um novo mínimo desde 30 de março de 2023, após ter atingido 4,143% em 18 de outubro do ano passado, um máximo desde novembro de 2008.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,1% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,2% e 25,4%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também recuou para 2,986%, um mínimo desde 15 de dezembro de 2022 e menos 0,039 pontos, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro de 2023.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu ontem, ao ser fixada em 3,462%, menos 0,006 pontos, depois de ter subido para 4,002% em 19 de outubro de 2023, um máximo desde novembro de 2008.
Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente do BCE, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião, depois de amanhã, ao afirmar que tudo depende dos dados que, entretanto, forem sendo conhecidos.
Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, após as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado dez aumentos desde 21 de julho de 2022.
Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.
A média da Euribor em agosto voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,137 pontos para 3,548% a três meses (contra 3,685% em julho), 0,219 pontos para 3,425% a seis meses (contra 3,644%) e 0,360 pontos para 3,166% a 12 meses (contra 3,526%).
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Nova descida dos juros
quinta-feira?

Na próxima quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) poderá anunciar a segunda redução das taxas de juro centrais da Zona Euro, na nova reunião do Conselho de Governadores.
A decisão de baixar as taxas de juro surge após a inflação anual na Zona Euro ter caído para 2,2% no mês passado.
A primeira redução das taxas de juro aconteceu em junho, quase dois anos após o início de uma série histórica de aumentos devido à inflação, durante a qual ocorreram 10 subidas consecutivas.
Se as previsões dos especialistas se confirmarem, a principal taxa de refinanciamento, que afecta as taxas Euribor aplicadas aos créditos à habitação, deverá descer dos atuais 4,25% para 4%.

Poupança de dezenas de euros

A DECO já fez as contas para os portugueses que terão a revisão dos contratos no próximo mês.
Para um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, com um spread de 1% e indexado à Euribor a 6 meses, a prestação mensal, que em abril era superior a 795 euros, poderá cair para cerca de 730 euros em outubro, resultando numa poupança de 64 euros.
Para contratos indexados à Euribor a 12 meses, a poupança é ainda maior.
Em outubro do ano passado, a prestação mensal era de quase 819 euros, enquanto a previsão para o próximo mês é de cerca de 709 euros, uma poupança de 110 euros.
Desde o início da crise inflacionista, há dois anos, as taxas Euribor a 6 e 12 meses atingiram máximos acima de 4%.
No entanto, essas taxas começaram a baixar, especialmente este ano.
No final desta semana, a Euribor a 6 meses, a mais utilizada nos créditos à habitação, estava próxima de 3,4%, enquanto a Euribor a 12 meses terminou um pouco acima de 3%, ambos valores mínimos do último ano. Isso indica que o alívio nas prestações das casas deverá continuar.
Os especialistas acreditam que o BCE poderá realizar mais uma descida das taxas de juro ainda este ano, possivelmente em dezembro, dependendo do contexto económico e dos riscos geopolíticos.

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