O Grupo Parlamentar do Chega não se revê na escolha de Piedade Lalanda para Presidente do Conselho Económico e Social dos Açores (CESA) – uma escolha indicada pelo PS/Açores e que será anunciada e votada esta semana na sessão plenária de Setembro.
O Chega diz que repudia o facto de não ter tido conhecimento antecipado da escolha consensual entre PS/Açores e PSD/Açores, tendo apenas conhecimento pela Comunicação Social do nome que será indicado.
“É uma pessoa a quem não reconhecemos currículo na área económica, que é fundamental para o momento actual da nossa Região, onde precisamos de desenvolvimento económico”, afirmou o líder parlamentar do Chega, José Pacheco.
O Chega entende que Gualter Furtado “estava a fazer um bom trabalho, tem sido interventivo, é uma pessoa que conhece bem a área económica e o desenvolvimento da Região. Até estranhamos que Gualter Furtado não tenha sido reconduzido no cargo, tal como a nível nacional vai ser feito”, especificou José Pacheco.
O Chega considera que a escolha de Piedade Lalanda para liderar o Conselho Económico e Social dos Açores “é um retrocesso”, porque acredita que será dado maior enfoque às questões sociais “como é apanágio do Partido Socialista. O mesmo Partido Socialista que passou 24 anos a dizer aos Açorianos que não precisam de trabalhar porque o Governo lhes dá um ordenado ao fim do mês, é o mesmo que agora coloca uma pessoa das áreas sociais à frente de um órgão que deve ser interventivo em questões fundamentais para o crescimento e desenvolvimento económico dos Açores”.
“O Chega – que é terceira maior força política nos Açores – não foi tido nem achado nesta questão. Só soubemos do nome de Piedade Lalanda pela Comunicação Social. Esta é mais uma prova que o PSD e o PS podem governar os Açores como quiserem, contra a vontade popular”, referiu José Pacheco.
Para o Chega, tal como já tinha acontecido com a Presidência da Assembleia Legislativa Regional – em que houve uma concertação entre os dois maiores partidos na Região – “está visto que afinal PS e PSD é que têm conversações secretas”. José Pacheco afirma que “se é por uma questão meramente aritmética, afinal não precisam do CHEGA. Se é isso que querem, têm de afirmar abertamente que é esse o caminho”, reforçou José Pacheco.