“É importante olhar para os tipos de identidade de gênero com a consciência de que são baseados nos sentimentos e nas experiências de vida de pessoas reais e não apenas definições científicas. “
Segundo a Comissão de Direitos Humanos
de Nova York, existem 31 identidades de género
Ainda há poucos anos, eu nascia. Era menino; Macho; Homem. A minha irmã nascia: Era menina; Fêmea; Mulher.
Tudo era claro, pelo menos na minha cabeça.
Conhecíamos amigos ‘maricas’ e aceitávamos – embora depreciativamente…!
Também tínhamos amigas macha-fêmea e aceitávamos – também depreciativamente…!
Nas grandes mutações da história humana, a maior e mais complicada tem sido a aceitação nos dias de hoje, de que afinal existem mais géneros do que pensávamos. E os géneros não são definidos pelo sexo e muito menos biologicamente, como resultado das características sexuais de mulheres ou homens. Os géneros são construídos socialmente.
Na última década, tem-se conseguido compreender muito mais sobre os variados fenómenos que somos nós próprios.
É importante olhar para os tipos de identidade de gênero com a consciência de que são baseados nos sentimentos e nas experiências de vida de pessoas reais e não apenas definições científicas.
Cisgénero: é a pessoa que se identifica com o sexo biológico designado no momento do seu nascimento.
Transgénero: é quem se identifica com um gênero diferente daquele atribuído no nascimento.
Não-binário: é alguém que não se identifica completamente com o “género de nascença” nem com outro género. Esta pessoa pode não se ver em nenhum dos papéis comuns associados aos homens e às mulheres bem como pode vivenciar uma mistura de ambos.
Os tipos de orientações sexuais mais comuns são:
Heterossexual: atração pelo sexo oposto.
Homossexual: atração pelo mesmo sexo.
Bissexual: atração por ambos.
Assexual: atração por nenhum. Embora a pessoa não sinta desejo sexual, é capaz de manter um relacionamento amoroso.
Pansexual: atração por pessoas, independentemente do sexo.
O sexo tem a referência clássica às distinções biológicas e anatómicas do corpo humano, ou seja, aos órgãos genitais, aparelhos reprodutivos e outros. Uma pessoa biologicamente mulher possui vagina, enquanto uma pessoa biologicamente homem, pénis. Enquanto que o género está associado à construção social do sexo biológico.
Tudo isto para dizer que a nossa compreensão se deve alargar na mesma medida em que os novos estudos trazem cada vez mais informação que a todos pode beneficiar.
Este assunto não pode ser tratado num simples artigo como o que aqui resumo. A intenção é a de que todos temos de progredir e o reconhecimento de vários géneros vem trazer conhecimento e compreensão à nossa volta. Cada pessoa pode ser feliz como entender.
Afinal, esta variedade traz diversidade e riqueza a toda a Humanidade e o nosso conhecimento e acompanhamento destas novas descobertas, faz-nos alargar a compreensão social sobre a normalidade complexa da natureza humana.
Referências: “The Science of Happiness; Psicologia da Felicidade”.
José Soares*