O Hospital de Ponta Delgada, afetado por um incêndio em Maio deste ano, vai começar a ser reabilitado pelo lado poente, anunciou a direção técnica daquela unidade de saúde, acrescentando que têm todas as condições para devolver o edifício aos açorianos.
“A renovação do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) começará pelo lado poente, atualmente praticamente desocupado. É esta a razão de não estarmos dentro do edifício, com utentes dentro do edifício não conseguiríamos fazer qualquer intervenção”, disse o enfermeiro Pedro Brázio.
O profissional de saúde falava numa conferência de imprensa junto ao hospital modular, que está a ser construído no perímetro do HDES e cuja urgência foi inaugurada recentemente.
O Hospital de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, foi afetado por um incêndio no dia 04 de maio, que obrigou à transferência de todos os doentes internados para outras unidades de saúde, incluindo para fora da região.
Na conferência de imprensa, Pedro Brázio disse ainda que quando terminar a intervenção na parte poente do hospital, vão transferir os serviços da ala nascente para iniciarem os trabalhos de reconstrução e reabilitação nessa zona.
“O hospital modular será nosso apoio para fazer estas manobras. Agora é uma urgência, amanhã será um internamento e tudo o resto que precisarmos dele”, explicou, indicando que está a ser elaborado o plano funcional. O enfermeiro disse ainda que a direção técnica recebeu na quinta-feira “todas as garantias do senhor presidente do Governo Regional e da senhora secretária regional da Saúde de que teremos todas as condições técnicas, financeiras e de gestão, para cumprir o compromisso que estabelecemos no dia 04 de maio, ou seja, de devolver à região o seu bem mais valioso, o HDES”. A direção técnica indicou ter como objetivo “tranquilizar a população e os profissionais de saúde sobre o presente e o futuro”, tendo Pedro Brázio reiterado que “até final do ano” o hospital modular estará construído e equipado, inclusive dotado com bloco de partos, o que permitirá sair, “em definitivo”, do hospital privado da CUF Açores, na cidade da Lagoa, em São Miguel. Por seu turno, a diretora clínica do hospital, Paula Macedo, explicou que “a razão da conferência de imprensa é de prestar contas à população, no sentido de garantir tranquilidade e capacidade de resposta dos serviços do HDES”. Reafirmando que o Governo Regional deu “total disponibilidade financeira, técnica e de gestão a um projeto inicial” para o hospital, a médica disse que o “objetivo final não é só dar capacidade de resposta aos utentes e profissionais de saúde, mas também garantir que seja feito de modo eficaz”.