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Grua do porto da R. Quente é responsabilidade da Cooperativa dos Pescadores

O Chega denunciou que há dois anos que a grua de descarga de pescado existente no porto da Ribeira Quente está avariada, prejudicando o trabalho dos homens do mar que operam naquele porto.
“No entanto, de acordo com resposta do Governo a um requerimento do Chega, a referida grua é pertença da Cooperativa de Economia Solidária Pescadores da Ribeira Quente, que tem recebido nos últimos dez anos mais de 600 mil euros para financiar “despesas com a limpeza e manutenção dos portos de pesca da Ribeira Quente e Povoação, bem como dos equipamentos de alagem e varagem das embarcações da frota regional”.
Além da grua de descarga de pescado, também o guincho ali existente nunca funcionou desde a inauguração daquele porto, em 2003.
Questionado pelos deputados do Chega, o Governo responde que foi ali instalado “um guincho sobre-dimensionado para o quadro eléctrico disponível no referido porto”, tendo sido adquirido posteriormente um tractor que serve para puxar as embarcações nas operações de varagem e arreagem.
Soluções para aquele problema estão a ser estudadas, diz o Governo Regional, “de acordo com o compromisso assumido com armadores e pescadores daquela comunidade piscatória”, uma vez que consideram fundamental “adequar os investimentos às necessidades, evitando-se, por exemplo, guinchos sobre-dimensionados, como o existente actualmente”.
Questionando directamente o Governo sobre se “pretende acabar com a pesca no porto da Ribeira Quente”, a resposta do Executivo vai no sentido oposto, destacando a localização e importância da infra-estrutura.
Aos deputados do Chega é dito que o Governo “quer potenciar esta actividade económica, fomentar a economia do sector, capacitar a comunidade e atrair os mais jovens para as profissões ligadas ao mar e às pescas”. É por isso que tem financiado a Cooperativa de Economia Solidária Pescadores da Ribeira Quente, com vista à limpeza e manutenção do porto. Além disso, escreve o Governo, têm sido abertos nos últimos três meses, “um conjunto de avisos para apoios financeiros ao sector das pescas no âmbito do Programa MAR2030. Só para apoio a investimentos em portos de pesca, locais de desembarque, lotas e abrigos, foram mais de 22 milhões de euros”, lê-se na resposta ao requerimento do Chega.
O líder parlamentar do Chega, José Pacheco, lamenta que “havendo uma Cooperativa de Pescadores que detém a grua, e que até recebe apoios para a sua manutenção, tenha aquele mecanismo de apoio à pesca avariado há dois anos”.
Além disso, lembra o parlamentar, “não nos podemos esquecer quem presidiu à Cooperativa de Economia Solidária Pescadores da Ribeira Quente nos últimos anos, e que só abandonou a Cooperativa porque foi eleito deputado pelo Partido Socialista”, concluiu.

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