Do Sindicato dos Trabalhadores Portuários do Grupo Central e Ocidental dos Açores, recebemos a seguinte nota:
“O Sindicato dos Trabalhadores Portuários do Grupo Central e Ocidental dos Açores, na sequência da Vossa noticia publicada na edição do dia 26 de Setembro do corrente ano com o título “Navio Margarethe chega hoje às Flores, depois de diferendo entre armador e estivadores” publicada na página 16, considerando que a mesma é incompleta e que poderá levar a conclusões erradas, recorrendo ao direito de resposta, procede aos seguintes esclarecimentos:
No título refere-se o diferendo entre armador e estivadores, quando deveria referir-se empresa de estiva, o que só é feito no primeiro parágrafo do artigo supra identificado, mas, contudo, o título é aquilo que fica na retina do leitor.
O diferendo em nada afeta a obrigação do armador cumprir com o seu contrato de transporte e de manter o navio em perfeitas condições de operacionalidade, sendo que o parágrafo que refere “a não aceitação do pagamento da despesa de reparação foi causa da imobilização do navio” não é correto porquanto, diferente é a responsabilidade pelo pagamento de eventual dano causado da obrigação de reparação do mesmo e do cumprimento do contrato de transporte, cabendo este exclusivamente ao armador.
Contudo refira-se que apesar da empresa de estiva não assumir a responsabilidade pelo dano existente no navio Margarethe, de forma transparente e diligente comunicou ao seguro o sucedido aguardando as peritagens e normal tramitação de um processo desta natureza.
Por último, esclarece-se que o atraso na chegada da mercadoria às Flores se deveu não ao incidente e avaria de apenas uma das gruas do navio, mas à chegada tardia da mercadoria dirigida a esta ilha.
Não tendo o vosso jornal procurado todas as fontes que podiam explicar de forma fundamentada e correta a ocorrência em causa, solicita-se a publicação do presente esclarecimento.
Com os melhores cumprimentos,
O Presidente da Direção, Roberto Silva”.