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PAN/Açores queixa-se à GNR sobre abate de gamos

O PAN/Açores formalizou uma queixa junto da GNR para que sejam apurados os contornos de um alegado abate de 10 gamos na Reserva Florestal do Lugar da Fazenda, em Santa Cruz das Flores, anunciou ontem o partido.
De acordo com o PAN, que refere ter tomado conhecimento da situação através de denúncias, estará em causa um alegado “abate indiscriminado de gamos na Reserva Florestal do Lugar da Fazenda, na freguesia e concelho de Santa Cruz das Flores”, que terá ocorrido na Quinta-feira.
“Entre os animais abatidos, há suspeitas de que se incluam fêmeas gestantes, agravando as preocupações quanto ao respeito pelos preceitos de bem-estar animal”, denuncia o PAN, numa nota de imprensa, alertando que poderá estar em causa “a reincidência deste cenário”, já que no ano passado ocorreu “o abate de cerca de 20 gamos no mesmo lugar”.
O PAN/Açores adianta que também já interpelou, por escrito, o Governo Regional com o intuito de esclarecer “a autenticidade das denúncias”.
O partido quer ainda perceber que medidas foram implementadas, desde agosto do ano passado, para controlar a população de gamos na ilha das Flores e nas outras reservas florestais onde estes animais habitam, designadamente Monte Brasil (Terceira) e Pinhal da Paz (São Miguel).
O PAN condena que o alegado abate “indiscriminado” de gamos nos Açores possa estar a ser feito para controlo populacional, considerando que seria “uma medida arcaica” que reflete “um retrocesso civilizacional em termos de bem-estar animal”.
“Urge ouvir os alertas dados e implementar medidas preventivas de controlo da população como a esterilização e castração”, defende.
Caso sejam confirmadas as suspeitas, o PAN repudia veemente “tais atos que vitimaram cerca de 10 animais, aparentemente, perfeitamente integrados em meio natural” e exige que sejam tornados públicos os motivos que levaram a este abate.
Para o deputado único do PAN no parlamento açoriano e porta-voz regional do partido, Pedro Neves, o executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM) está a transmitir “um sinal errado à sociedade” e deveria “liderar pelo exemplo”, implementando medidas que “não colidissem com o bem-estar animal, especialmente quando o combate aos maus-tratos a animais está na agenda política e são investidas verbas do erário públicos para combater esse flagelo”.

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