Edit Template

Bombeiros dos Açores poderão reformar-se aos 61 anos de idade

A Federação de Bombeiros da Região Autónoma dos Açores (FBRAA) congratulou-se com a aprovação do Estatuto Social do Bombeiro Voluntário dos Açores, apresentado pelo Governo Regional e que mereceu a unanimidade dos deputados regionais.
Em comunicado, a FBRAA considera que o documento aprovado na terça-feira pelo parlamento açoriano irá promover “uma maior atração para a ingressão de novos elementos nos corpos de bombeiros”.
“Destacamos a possibilidade de um bombeiro na região poder requerer a reforma aos 61 anos e quatro meses, sem ter que desembolsar do seu próprio bolso os valores devidos à Segurança Social, ficando a Liga de Bombeiros Portugueses responsável por 50% desse valor e o Governo Regional dos Açores pelos restantes 50%. Assim, permite-se que um bombeiro possa usufruir da sua reforma em período antecipado sem penalidades”, refere o organismo presidido por Braia Ferreira.
A FBRAA destaca ainda “um apoio anual aos bombeiros após atingirem as 200 horas de voluntariado no valor de 50% da remuneração garantida regional em vigor nesse ano, algo que até aos dias de hoje não acontecia”.
O projeto discutido e aprovado pela Assembleia Legislativa Regional contou com os contributos da FBRAA e de outras entidades do setor, pelo que, para esta entidade, “se torna um documento consensual e mais completo”.
“Não será para nós um documento perfeito, mas é um passo muito significativo, se não mesmo histórico, pois aumenta consideravelmente os benefícios dos nossos bombeiros açorianos”, acrescenta a federação.
A Assembleia Legislativa dos Açores aprovou por unanimidade as alterações apresentadas pelo Governo Regional ao Estatuto Social do Bombeiro, que preveem a atribuição de um apoio anual a quem cumprir 200 horas de voluntariado.
Foi também aprovada uma proposta de alteração do PS para que os bombeiros voluntários dos quadros de comando e ativo tenham “direito ao reembolso de 50% das despesas suportadas com centros de atividades de tempos livres”, que mereceu os votos contra de PSD, CDS-PP e PPM.
Foram igualmente aprovadas propostas de alteração do BE para estabelecer a escolaridade obrigatória no acesso à carreira e para clarificar o mês de atribuição do apoio ao voluntariado, que, após consenso entre os partidos, ficou definido em Dezembro.
Antes do diploma sobre o Estatuto Social dos Bombeiros, o parlamento açoriano reprovou um projeto de decreto legislativo do PAN para criar o Estatuto dos Bombeiros Profissionais da Região Autónoma dos Açores, com os votos contra de PSD, CDS-PP, PPM e a abstenção do PS (Chega, BE, IL e PAN votaram a favor).
Sobre a iniciativa do PAN, a FBRAA salienta que “não é contra a profissionalização dos bombeiros da primeira intervenção”, embora considere “que se mostra necessário um debate sério sobre o sistema de socorro na Região Autónoma dos Açores”.
“É fundamental, inclusive, que esse debate se inicie com urgência e se evolua, devendo passar pela profissionalização da primeira intervenção e pela manutenção do voluntariado em regime de complemento”, defende.
Se a proposta do PAN tivesse sido aprovada, “teria uma única consequência: o colapso do atual sistema de socorro dos Açores”, considera.
Por outro lado, o organismo representativo das associações de bombeiros nos Açores regista “com agrado uma proposta feita no plenário, nomeadamente a criação de uma Equipa Especializada para a Proteção Civil, que tem como objetivo estudar o atual sistema e fazer a sua evolução”.
“Para isso, alertamos que a existir esta equipa, deverão ser chamadas as Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários dos Açores, o Governo Regional dos Açores, os 19 Municípios da Região Autónoma dos Açores, os parceiros sociais, os sindicatos e associações profissionais do setor, bem como, a sociedade civil com ligações ao setor”, acrescenta.

Apoio a quem cumprir
200 horas de voluntariado

As alterações apresentadas pelo Governo Regional ao Estatuto Social do Bombeiro prevêem a atribuição de um apoio anual a quem cumprir 200 horas de voluntariado.
“Relativamente ao incentivo direto ao voluntariado, propomos a atribuição de um apoio anual correspondente a 50% do rendimento mínimo mensal garantido a todos os bombeiros que cumprem 200 horas de trabalho operacional em regime de voluntariado”, avançou o secretário do Ambiente e Ação Climática.
Foram igualmente aprovadas propostas de alteração do BE para estabelecer a escolaridade obrigatória no acesso à carreira e para clarificar o mês de atribuição do apoio ao voluntariado, que, após consenso entre os partidos, ficou definido em dezembro.
De acordo com o secretário regional, a proposta assegura ainda “majorações das relativas no âmbito da educação, apoio à habitação e benefícios no acesso à saúde”, além de “facilitar as condições de passagem à reforma”.
“A nossa intenção com esta proposta é que o pagamento dos 50% do valor apurado a assumir pelo bombeiro [em caso de reforma antecipada] possa ser suportado pelo Governo Regional dos Açores, desonerando por completo o bombeiro”, detalhou Alonso Miguel.

Edit Template
Notícias Recentes
SATA reforça voos na Páscoa e 25 de Abril
Pouco mais de 500 milhões de euros - Estrangeiros investem pouco nos Açores
Empresários de S. Miguel e Santa Maria criticam modelo de transporte marítimo
Hospital da Horta vai ter Ressonância Magnética
Pesca em Fevereiro cai para quase metade das capturas do ano passado
Notícia Anterior
Proxima Notícia

Copyright 2023 Diário dos Açores