O escritor açoriano Onésimo Almeida lança hoje, às 18.30, no Teatro Micaelense, a sua última obra, intitulada “Diálogos Lusitanos”. A sessão, organizada pela Livraria Solmar, conta com a presença do autor em diálogo com o jornalista Osvaldo Cabral.
Prestigiado professor na Universidade de Brown, nos Estados Unidos, durante mais de quarenta anos, Onésimo Teotónio Almeida é um reconhecido historiador, doutorado em Filosofia, que surpreende sempre com o seu pensamento arrojado, como se prova pela citação com que abre o seu novo livro, Diálogos Lusitanos.
Escreve assim o autor açoriano em nota de rodapé: «Se o leitor gostou desta citação retirada de um texto publicado numa revista académica, então o presente livro talvez não seja uma boa leitura para si.»
O regresso de Onésimo Teotónio Almeida, que não publica desde o premiadíssimo “O Século dos Prodígios” do final de 2018, não se perde naquilo que o próprio autor define com uma «linguagem floreada, pesada, excessivamente ornamentada, indirecta e oblíqua».
E é de forma límpida e frontal que Onésimo Teotónio Almeida regressa com Diálogos Lusitanos, um livro que, na linha de pensamento do autor, se debruça sobre questões da cultura portuguesa e alguns dos seus nomes ligados à literatura.
«Estes ensaios prolongam as conversas com os livros De Marx a Darwin, Despenteando Parágrafos e A Obsessão da Portugalidade, com que tenho tentado contribuir para o que até aqui me parece ser um diálogo de surdos em que cada um fala e ninguém responde, nem sequer simplesmente fazendo eco.» Os ensaios, esses, tratam de Fernando Pessoa, Vergílio Ferreira, José Saramago, Eduardo Lourenço, Natália Correia, José Rodrigues Miguéis, José Enes ou Jorge de Sena.