A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a transformar dezenas de agências que ofereciam todos os serviços, nomeadamente a possibilidade de levantar e depositar dinheiro aos balcões, em espaços mais pequenos e de menor oferta bancária.
O alerta para “a degradação do serviço público bancário” é feito pela Comissão de Trabalhadores (CT) da CGD, que, em declarações ao PÚBLICO, disse ter conhecimento de mais de 40 agências, incluindo nas ilhas.
De acordo com a informação disponibilizada pela Comissão de Trabalhadores (CT), nos Açores há ao todo sete casos de “amputação de serviços”, onde se incluem três na ilha de S. Miguel (Nordeste, Lagoa e Povoação), um na ilha das Flores e outro na ilha de São Jorge”.
A presidente da Câmara de Lajes do Pico, Ana Brum, admite que a decisão tem “um impacto extremamente negativo”, representando “a total falta de consideração pelos concelhos e comunidades mais envelhecidas”.
Na ilha do Pico, por exemplo, de três agências existentes, apenas uma ficará com oferta completa, a da Madalena, com a de São Roque e Lajes do Pico a perderem o serviço de tesouraria prestado por funcionários.
Na base da actual estratégia da CGD está, segundo a CT, a falta de recursos humanos – pela elevada saída de trabalhadores nos últimos anos e falta de capacidade para atrair novos —, alegando que o atendimento presencial situa-se, actualmente, “num patamar crítico e próximo da ruptura”.
Ao PÚBLICO, a CGD diz que “é um dos bancos com o maior número de agências, gabinetes de empresas e espaços Caixa, 512 no total, e não tem registado nos anos mais recentes, nem estão previstos encerramentos de agências em 2024 ou em 2025”.