O Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, presidiu ontem à sessão de abertura do Congresso Internacional Comemorativo do 50.º aniversário do 25 de Abril, que teve lugar na Aula Magna da Universidade dos Açores, em Ponta Delgada.
O evento realiza-se no âmbito das comemorações nacionais da Revolução dos Cravos e contou com a presença da Comissária Executiva da Estrutura de Missão para as Comemorações do 50.º aniversário, a Doutora Maria Inácia Rezola, investigadora associada na Universidade Nova de Lisboa.
O congresso, que se prolonga por três dias, reúne académicos, investigadores e figuras políticas para debater o legado e o impacto da Revolução de 1974.
O ponto alto do evento será a Mesa Redonda intitulada “Democratização, Autonomia e Descentralização”, a realizar na próxima sexta-feira, onde temas cruciais para a história contemporânea de Portugal, e dos Açores em particular, estarão em foco.
O governante sublinhou o papel fundamental da democracia e da educação no progresso dos Açores e do país, mencionando a Universidade dos Açores como um exemplo do que a democratização permitiu alcançar.
“A Universidade dos Açores é filha da democracia e da democratização portuguesa, reforçando a autonomia política dos Açores e da Madeira”, afirmou José Manuel Bolieiro.
“A democracia tem uma concretização que importa no dia a dia da nossa vida. Teve influência no que somos e terá influência no que projetamos ser”, acrescentou.
O líder do executivo açoriano destacou que a instituição, através do conhecimento científico, tem promovido uma capacidade crítica, criativa e construtiva na Região.
Segundo José Manuel Bolieiro, a educação desempenha um papel central na formação da cultura democrática e no fortalecimento da autonomia.
“É pela educação que ganhamos a cultura da participação democrática, o conhecimento a favor da nossa autonomia e da nossa própria liberdade, e a capacidade crítica. Este é um elemento decisivo da democracia”, afirmou o governante.
José Manuel Bolieiro salientou ainda o valor da participação cívica, afirmando que “o principal valor da democracia não está no dizer, mas sim no partilhar, no envolver, no chamar cada um à causa comum”. O Presidente do Governo defendeu também uma governação democrática que promova a participação esclarecida e ativa de todos, “para que cada um possa dar o melhor de si em prol do bem comum”. O governante aproveitou a oportunidade para elogiar a organização do Congresso e destacou o seu valor pedagógico, sobretudo para as gerações mais jovens, afirmando que eventos como este são fundamentais para o debate sobre o que já foi feito em termos de democracia e autonomia, e para inspirar novas conquistas.