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Federação de Bombeiros dos Açores critica novo modelo de financiamento das associações humanitárias

O presidente da Federação de Bombeiros dos Açores disse que a falta de financiamento das Associações Humanitárias poderá colocar em causa o socorro às populações, noticia a Antena 1 Açores.
José Braia Ferreira foi ouvido, ontem, na Comissão da Politica Geral do Parlamento, a propósito do novo modelo de financiamento das Associações de Bombeiros e sugeriu que fossem realizadas muitas alterações ao diploma.
De acordo com o novo modelo de financiamento, o Governo Regional pretende transferir anualmente meio milhão de euros para as 17 Associações de Bombeiros Voluntários da Região, apenas para financiar os custos com o socorro às populações.
Porém, para a Federação de Bombeiros, esta vertente poderá estar em causa num futuro próximo: “nós já vamos tarde, já vamos muito tarde e estamos a colocar em risco o sistema de Socorro da Região Autónoma dos Açores. É tão simples quanto isso. Se nós não tivermos as viaturas, não tivermos capacidade de comprar combustível, se nós não podemos pagar a tempo e a horas os salários dos homens que estão envolvidos, naturalmente com este processo de profissionalização acelerado, em que o país está, e a região também, algum dia pode acontecer uma coisa menos boa e já não temos esta capacidade de resposta como era habitual aos açorianos terem”, afirmou o Presidente da Federação de Bombeiros dos Açores.
José Braia Ferreira aproveitou ainda a audição na comissão da Politica geral do Parlamento açoriano, para fazer também alguns desabafos: “o governo não gosta que eu diga isso, mas o Sistema de Socorro da Região Autónoma dos Açores está caduco. É excelente na sua intervenção, tem excelentes homens, tem bons equipamentos, mas tem pés de barro. E faltando o financiamento à componente do socorro, esta é a primeira machadada, se me permite a expressão. Neste sistema de socorro regional, não basta legislar, não basta entregar viaturas, não se resolve o problema desta forma.”
Braia Ferreira sugeriu que fossem feitas dezenas de alterações ao diploma, agora proposto pelo Governo regional, mas o Secretário Regional do Ambiente e da Acção climática, que tutela a Protecção Civil, não compreende as críticas, tendo lembrado que foi a Federação que sugeriu esta redacção do presente diploma: “estranhamos que tenhamos utilizado um articulado que nos foi proposto pela Federação e que, nalguns casos, venha agora a Federação, através do mesmo presidente, dizer que discorda desse articulado”, afirmou Alonso Miguel.
O governo solicitou ao parlamento que o diploma fosse analisado com urgência para ser aprovado já em Janeiro, mas os deputados manifestaram alguma dificuldade em fazer todas as correcções propostas pela Federação de Bombeiros.

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